Governo disponível para negociar com trabalhadores da CP

Os trabalhadores da CP convocaram uma greve de vários dias, a começar a 8 de Fevereiro, em protesto contra a falta de resposta às propostas de valorização salarial.

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João Galamba diz haver "toda a disponibilidade" da parte do Governo para evitar greves na CP Nuno Ferreira Santos

O ministro das Infra-estruturas, João Galamba, manifestou, esta segunda-feira, “toda a disponibilidade” do executivo para reunir com os sindicatos e tentar evitar as greves na CP.

João Galamba considerou que “há sempre toda a disponibilidade da parte do Governo para reunir e resolver os problemas que se vai enfrentando”. Aos jornalistas, no âmbito de uma visita ao porto de Ponta Delgada, integrada na sua deslocação de dois dias aos Açores, João Galamba salvaguardou que “é sempre do interesse de todas as partes que se as greves puderem ser evitadas elas devem ser evitadas". "Trabalharemos sempre no sentido de evitar greves”, sublinhou.

Esta segunda-feira, a CP – Comboios de Portugal alertou já para “fortes perturbações” na circulação, entre 8 e 17 de Fevereiro, em todos os serviços, devido às greves convocadas por vários sindicatos.

“Informamos que, por motivo de greves, convocadas pelos Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ), Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF) e Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), para o período compreendido entre as 00:00 do dia 8 de Fevereiro de 2023 e as 24:00 do dia 21 de Fevereiro de 2023, ocorrerão fortes perturbações na circulação, em todos os serviços, entre os dias 8 e 17 de Fevereiro”, comunicou a CP, em nota publicada no site.

A empresa indicou também que a informação será actualizada, caso venham a ser definidos serviços mínimos pelo Tribunal Arbitral.

Segundo os sindicatos, em causa está a falta de resposta das duas empresas às propostas de valorização salarial. Para os mesmos, as propostas entregues “ficam muito aquém” dos valores necessários para que seja reposto o poder de compra dos trabalhadores.