Privatização da TAP vai “em breve” ao Conselho Ministros, avança ministro das Finanças
Fernando Medina, ministro das Finanças, garante que “o Governo está a desenvolver os trabalhos prévios e necessários para poder dar início ao processo de privatização da TAP”.
O processo de privatização da companhia aérea TAP irá "em breve" ao Conselho de Ministros, disse esta segunda-feira o ministro das Finanças, Fernando Medina.
"Espero poder em breve apresentar ao Conselho de Ministros o arranque do processo de privatização da TAP", disse o ministro, em Madrid, numa conferência de imprensa ao lado da ministra dos Assuntos Económicos de Espanha, Nadia Calviño.
Medina afirmou que devido ao "muito bom desempenho que a TAP está a ter" – um desempenho muito acima das perspectivas relativamente ao cumprimento do plano de reestruturação" –, este é "um bom momento para o Governo avaliar e decidir relativamente ao curso da privatização da companhia".
Segundo o ministro, esta é "a principal conclusão" do "trabalho exploratório" e "indicativo" de um "pré-estudo de mercado junto de potenciais investidores" que a TAP já fez para "precisamente aferir o que seriam e o que são as perspectivas de investimento" de eventuais interessados na empresa.
"O Governo está a desenvolver os trabalhos prévios e necessários para poder dar início ao processo de privatização da TAP, o que faremos com a brevidade possível, mas também com a atenção necessária a um processo desta dimensão e desta exigência", disse o Fernando Medina, antes de afirmar a intenção de em breve levar o dossier ao Conselho de Ministros.
Fernando Medina esteve esta segunda-feira em Madrid para participar numa conferência sobre o futuro das políticas económicas e financeiras europeias com a ministra espanhola Nadia Calviño, organizada pelo Instituto Elcano de Estudos Internacionais e Estratégicos. Os dois ministros tiveram a seguir um encontro bilateral.
Desde Novembro de 2022, e através de uma operação harmónio, com diminuição e aumento de capital para limpeza parcial de prejuízos da TAP SGPS, que acabou com os 5% detidos pelos trabalhadores, o Estado passou a deter 100% da holding, tal como já detinha da TAP SA.