O glamour não está só no cinema e na televisão. Com a pandemia pelas costas, este domingo, as estrelas da música voltaram à passadeira vermelha para celebrar o melhor da indústria, na 65.ª edição dos Grammys. Na Crypto.com Arena, em Los Angeles, Estados Unidos, as celebridades não jogaram pelo seguro e não faltou elegância na maior noite da música.
São sempre os nomeados os mais esperados no desfile de celebridades na passadeira vermelha. Dias depois de anunciar o regresso aos palcos, Beyoncé é a artista mais nomeada de sempre, com 88 indicações ao longo da carreira, recorde que partilha com o marido, o rapper e produtor Jay-Z. A cantora escusou-se de desfilar na red carpet, mantendo a postura mais discreta que tem adoptado nos últimos anos.
Pelo terceiro ano consecutivo, o comediante Trevor Noah foi o anfitrião da cerimónia, rodeado de uma lista de peso para entregar os galardões aos artistas. A primeira-dama dos Estados Unidos, Jill Biden, constava da lista, mas não pisou a passadeira vermelha.
Quem também entregou um prémio foi a consagrada Shania Twain, um dos destaques da passadeira vermelha, num vestido fato preto e branco, assinado pelo criador britânico Harris Reed, completado com um longo cabelo vermelho. Deixou uma pista numa entrevista ao canal E!: a possibilidade de fazer um dueto com Harry Styles.
Conhecido por surpreender nos looks na passadeira vermelha, Harry Styles não desiludiu. O cantor britânico era um dos embaixadores da Gucci, amigo próximo do antigo director criativo Alessandro Michele. Depois da saída do italiano, a relação com a marca parece ter terminado e foi vestido por Egonlab, num inusitado macacão de lantejoulas.
Adele estava nomeada em sete categorias, incluindo em Álbum e Canção do Ano, mas também não pisou a passadeira vermelha. Já Taylor Swift, com quatro indicações, é sempre um dos destaques de qualquer cerimónia de prémios e nos Grammys não foi excepção. Num elegante modelo Roberto Cavalli, a artista brilhou (literalmente) e provou que não é preciso muito para ser uma das mais bem vestidas do serão. O azul-escuro e os pequenos brilhos evocaram o seu mais recente álbum Midnights, que não foi lançado a tempo de ser nomeado.
Entre as novidades na red carpet, esteve a cantora brasileira Anitta, uma das nomeadas ao Grammy para Artista Revelação. A carioca tem levado, com sucesso, os ritmos do funk brasileiro para os Estados Unidos. Para o coordenado, esperava-se que levasse a sensualidade que a caracteriza. A escolha recaiu sobre um modelo vintage de 2003 assinado pela Versace, um vestido preto em diversos materiais, onde sobressaiu o trabalho da alta-costura no jogo de texturas.
As passadeiras vermelhas, mais do que uma feira de vaidades, são momentos importantes de promoção do trabalho das casas de moda e dos seus criadores que, a troco da visibilidade na imprensa e na Internet, vestem os nomeados das cerimónias de prémios.
E, desta vez, houve espaço para a assinatura portuguesa na maior noite da música. O nomeado Jack Harlow foi dos homens mais elogiados da noite com um fato bege. Trata-se de uma criação da dupla portuguesa Ernest W. Baker, dos criadores Inês Amorim e Reid Baker. A marca tem dado cartas no estrangeiro, sobretudo nos Estados Unidos, mas está sediada no Porto. Apresentam no Portugal Fashion e na Semana da Moda de Paris.
Lizzo, nomeada em várias categorias e uma das actuações da noite, foi das primeiras a pisar a passadeira vermelha, trazendo um dos volumes a que tem habituado o público. Desta vez, em laranja, numa criação Dolce & Gabbana, a cantora chamou a atenção das lentes dos fotógrafos quando deixou que a capa gigante revelasse um vestido mais feminino.
Quem também voltou a surpreender pela ousadia foi Cardi B com uma criação azul do criador indiano Gaurav Gupta, que abraçava a silhueta ampulheta da rapper. Por contraste, em volumes e tafetás, Sam Smith chegou em grupo, ao lado Kim Petras. Todos de vermelho, quase se confundiram com a passadeira vermelha.
Na galeria de imagens acima, acompanhe o desfile de celebridades antes da 65.ª edição dos Grammys.