Entre o “absurdo” de criminalizar e a regulação dos mercados: que caminho para as drogas?
Rui Moreira quer criminalizar o consumo feito nas ruas. Comunidade científica rejeita, em peso, a ideia. Como se combate, afinal, o fenómeno? O modelo português, as falhas e um cheirinho de futuro.
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A avalanche da droga, empurrada de bairro em bairro, desembocou na Pasteleira
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O desmantelamento do Casal Ventoso “não foi perfeito”, mas abriu portas a uma cidade “mais segura”
Jorge Quintas conheceu as costuras de uma prisão quando o consumo de drogas era considerado um crime. Nos anos 90, a trabalhar como técnico no estabelecimento prisional de Santa Cruz do Bispo, em Matosinhos, testemunhou a “entrada maciça” de jovens a quem a liberdade dificilmente seria roubada por outros motivos. Por essa altura, quase metade da população prisional portuguesa respondia por crimes relacionados com drogas – embora, para muitos deles, a solução não estivesse na prisão, defende: “É absurdo colocar sob a alçada criminal muitas destas pessoas. Não se resolvem assuntos sociais com a criminalização.”
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