Donald Trump vai voltar a ter Facebook e Instagram

Dois anos após ter sido suspenso, o ex-Presidente dos Estados Unidos pode recuperar as suas contas e os seus milhões de seguidores.

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Donald Trump recuperou a conta de Twitter em Novembro, depois de Elon Musk ter comprado a rede social Reuters/JONATHAN ERNST

Donald Trump vai poder voltar ao Facebook e ao Instagram. A Meta, dona das duas plataformas, anunciou que vai restabelecer o acesso do ex-Presidente dos Estados Unidos às suas redes sociais "nas próximas semanas", dois anos após aquele ter sido suspenso. Trump vai assim recuperar os milhões de seguidores que perdeu em 2022.

"O público deve poder ouvir o que os políticos dizem — o bom, o mau e o feio — para fazer escolhas informadas", justifica a Meta, em comunicado, argumentando que age quando existe um risco real de o discurso causar danos no "mundo real".

Trump foi suspenso por elogiar pessoas envolvidas em actos​ violentos durante a invasão do Capitólio, a 6 de Janeiro de 2021​. A Meta conclui agora que o risco para a segurança pública que existia em Janeiro de 2021 diminuiu.

Após ter sido suspenso das redes sociais, Trump lançou a sua própria plataforma, chamada Truth.

O ex-Presidente norte-americano já recuperou a sua conta de Twitter em Novembro, depois de Elon Musk ter comprado a rede social. No entanto, nunca voltou ao activo nessa plataforma.

Algumas semanas depois de ter regressado àquela que era, até à suspensão, a sua rede de eleição, anunciou que também estava a dialogar com a Meta para regressar ao Facebook e ao Instagram.

Na publicação que anuncia o levantamento da suspensão, o responsável para os assuntos globais da Meta, Nick Clegg, garante que Trump será novamente suspenso caso transgrida as normas das redes sociais.

"Caso Trump publique mais conteúdo que viole [as normas], o conteúdo será removido e ele será suspenso entre um mês e dois anos, dependendo da gravidade da violação", refere Clegg.

O responsável reconhece que qualquer acção sobre o assunto seria "fortemente criticada", mas relembra que a decisão de restabelecer a conta de Donald Trump no início de 2023 foi tomada depois de o Conselho de Supervisão ter criticado a "natureza aberta" da suspensão, assim como a "falta de critérios claros" sobre se ou quando a conta seria desbloqueada.

Em resposta a essa avaliação, a Meta impôs uma suspensão "sem precedentes" de dois anos e clarificou as circunstâncias em que as contas de figuras públicas poderiam ser suspensas durante períodos de "agitação civil e violência". Na altura, suspender Trump foi "uma decisão extraordinária tomada em circunstâncias extraordinárias", sublinha a publicação.

A publicação de Clegg diz ainda que os protocolos actualizados prevêem o condicionamento de conteúdo que "não viole as Normas da Comunidade, mas contribua para o tipo de risco que se materializou a 6 de Janeiro" – como publicações que questionem a legitimidade de eleições futuras ou estejam relacionadas com os QAnon.

O protocolo prevê a limitação da distribuição de publicações desse género ou até a remoção do botão de partilha dessas mensagens. Em situações de repetida transgressão, o acesso às ferramentas de publicidade pode ser restringido, mantendo as publicações visíveis na conta, mas sem serem partilhadas nos feeds dos utilizadores, seguidores ou não de Donald Trump.

Corrigido: Na entrada inicialmente lia-se "Twitter" em vez de "Instagram".

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