Azul
Uma tarde a galgar o Vouga de bacia cheia
As chuvadas dos últimos dias aumentaram o caudal do rio Vouga. Na bacia do rio, que se intromete por vários concelhos, a água não chegou a galgar as margens este sábado mas as marcas estão lá. E a beleza também.
Adriano mora por ali perto e sabe bem o que vive à sua volta. Um rio que enche e esvazia como se respirasse, ao ritmo das chuvadas. Esta tarde, já sabia que não ia encontrar o Vouga a transbordar como muitas vezes acontece. Mas, o fotojornalista do PÚBLICO não hesitou em aceitar o desafio do Azul. “Não está tão cheio como já o vi, mas é sempre bonito.”
As fotografias do Adriano Miranda mostram-nos vários pontos da bacia do Vouga, que cobre uma extensão de 3635 quilómetros quadrados e é confinada a Sul pela Serra do Buçaco e a Norte pelas serras de Leomil, Montemuro, Lapa e Freita.
As águas do rio que nasce na Serra da Lapa, a cerca de 930 m de altitude e percorre 148 km até desaguar na Barra de Aveiro, atravessam vários concelhos. A viagem de Adriano também, levando-nos por zonas onde a vida à volta do Vouga nos distrai mais do que o rio.
No mais recente balanço da Agência Portuguesa do Ambiente, a bacia do Vouga encontrava-se no grupo das mais cheias do país, com 89,4% da sua capacidade. Esta foi uma das bacias hidrográficas com armazenamentos na primeira quinzena de Janeiro superiores às médias de armazenamento do mês de Janeiro, desde 1990.
Este fim-de-semana, a água não se atreveu a galgar as margens. Mas, a pedido do Azul, o fotojornalista Adriano Miranda saiu para a rua esta tarde, depois do almoço, e trouxe-nos as bonitas imagens de um Vouga de bacia cheia.