Manchester United segue imparável, PSG “desfalcado” não facilita na Taça
Colectivo de Ten Hag bate Everton na Taça de Inglaterra e soma sétimo triunfo consecutivo. Parisienses cumprem frente ao “modesto” Châteauroux.
O Manchester United apurou-se esta sexta-feira para os 16 avos-de-final da Taça de Inglaterra graças a uma vitória, por 3-1, em Old Trafford, sobre o Everton, com a equipa de Ten Hag a conseguir o sétimo triunfo consecutivo (décimo em 11 partidas).
Detentores de 12 Taças, os “red devils” não erguem o troféu desde 2016, na era de outro treinador neerlandês, Van Gaal, embora continuem longe de assegurar um título que quebre o jejum desde que José Mourinho conquistou a Liga Europa, em 2017.
O Manchester United entrou praticamente a ganhar, com um golo de Anton, aos 4 minutos, mas o Everton respondeu passados dez minutos por Conor Coady, aproveitando um erro de De Gea. A formação de Liverpool voltaria a ficar em desvantagem na sequência de um golo de Coady... na própria baliza (52’).
Erro que Calvert-Lewin tentou corrigir à entrada do último quarto de hora, mas que o VAR impediu, invalidando o golo por posição irregular. Esse seria o último ensaio dos “toffees”, que, assim, podem dedicar-se ao campeonato, onde ocupam um delicado 18.º posto, nos lugares de despromoção.
O Manchester United aproveitou os instantes finais para acabar com quaisquer dúvidas, ampliando a vantagem num penálti convertido por Marcus Rashford, aos 90+7’.
PSG firme em Châteauroux
Também no âmbito das taças, em França não houve surpresa na deslocação do “desfalcado” PSG a Châteauroux, onde os parisienses se qualificaram para a quarta ronda com um triunfo por 1-3.
Christophe Galtier não dispunha de alguns titulares, desde logo Mbappé e Hakimi, ainda de férias na sequência do Mundial do Qatar. Nomes a que se juntavam o castigado Verrati e os lesionados Renato Sanches, Nuno Mendes, Kimpembe e Neymar. Nada de grave, já que o regressado campeão mundial Lionel Messi ficou de fora por opção.
Quadro ainda assim insuficiente para que o Châteauroux, 14.º classificado do Championnat National (terceiro escalão francês), pudesse embandeirar em arco, até por estar consciente do momento, em que soma sete jogos sem qualquer triunfo no campeonato. Menos ainda depois de Hugo Ekitiké ter colocado o Paris Saint-Germain em vantagem antes de completado o primeiro quarto de hora de jogo.
O PSG, campeão francês, líder da Ligue 1 e recordista de vitórias na Taça, com 14 títulos (seis na última década), parecia embalado para um triunfo fácil. Mas o Châteauroux — detido por Abdullah bin Mosaad, membro da família real da Arábia Saudita e dono de equipas como o Sheffield United (Inglaterra), o Beerschot (Bélgica), o Kerala United (Índia) ouo Al-Hilal United (EAU) — estava longe de resignar-se com o papel de mero figurante.
Aliás, depois de respirar fundo, levou mesmo o jogo para intervalo com uma igualdade a um golo, aproveitando a finalização feliz de Natanael Ntolla, já que a bola sofreu um desvio no jovem defesa El Chadaille Bitshiabu, de 17 anos, traindo Keylor Navas.
O guarda-redes costa-riquenho seria, no arranque da segunda parte, providencial ao negar o segundo golo aos locais, que voltaram a criar perigo volvidos alguns minutos.
Mas a lei do mais forte acabaria por imperar com a mesma naturalidade com que surgiam os golos de Carlos Soler (78’) e Juan Bernat (90+1’), a confirmar a lógica.