Uma memória também pessoal de António Mega Ferreira

António Mega Ferreira era um curioso insaciável, e também um diletante. Mas, caso raro, um diletante com obra feita.

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António Mega Ferreira no Centro Cultural de Belém, em 2008 PEDRO CUNHA/ARQUIVO PÚBLICO

“Conheci” o António Mega Ferreira em 1975, era ele redactor do Jornal Novo e eu um leitor embrenhado na militância política. Ele como redactor, eu ainda apenas como leitor, segui-lhe as pisadas no Expresso, onde, curioso e diletante como era, ele escrevia não só sobre livros, sua paixão, como sobre os mais diferentes motivos, filosofia política (a então chamada Nova Filosofia, com André Glucksmann e Bernard-Henri Levy em ruptura com o maoísmo e o comunismo), cinema (O Grande Magnata, de Elia Kazan) e mesmo música pop (Hotel California, dos Eagles).

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