Ministro das Relações Exteriores de Lula vai “limpar” diplomacia de bolsonaristas

Mauro Vieira prometeu que substituições vão acontecer logo na primeira semana. Embaixador em Washington e cônsul em Nova Iorque estão no topo da lista.

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Mauro Vieira foi incumbido pelo Presidente Lula de reatar as relações diplomáticas com a Venezuela Faisal Al Nasser/REUTERS

O próximo ministro das Relações Exteriores vai proceder a mudanças na diplomacia brasileira assim que tomar posse, garantindo que conta substituir o pessoal diplomático apoiante de Jair Bolsonaro logo na primeira semana, diz o jornal O Globo.

Mauro Vieira, que assume o cargo logo depois de Luiz Inácio Lula da Silva assumir a presidência do Brasil no dia 1 de Janeiro, quer começar logo pela embaixada em Washington e pelo consulado em Nova Iorque.

O embaixador Nestor Forster não vai ficar no cargo nem até à nomeação do seu substituto, sendo logo exonerado de funções, ficando a representação diplomática na capital dos Estados Unidos entregue ao encarregado de negócios até à chegada do novo embaixador.

Quem também não passará da primeira semana de Janeiro no cargo é Maria Nazareth Farani Azevedo, cônsul em Nova Iorque, a quem se criticou recentemente por não ter garantido a segurança dos juízes do Supremo Tribunal Federal do Brasil que estiveram na cidade norte-americana para uma conferência e foram insultados por apoiantes de Jair Bolsonaro.

A cônsul, que chegou a ser chefe de gabinete do ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim, com Lula na presidência, tem estado envolvido em várias polémicas durante a sua linga carreira diplomática.

Além de afastar da diplomacia brasileira os bolsonaristas, Mauro Vieira foi encarregado pelo Presidente de reatar as relações diplomáticas com a Venezuela, prevendo-se o envio de um encarregado de negócios para Caracas já nos primeiros dias de Setembro para preparar a reabertura da embaixada.

“O governo eleito é o Governo de Nicolás Maduro”, disse Mauro Vieira, no princípio do mês, quando o questionaram sobre Juan Guaidó, que chegou a ser reconhecido por muitos países, incluindo o Brasil, como Presidente da Venezuela, mas que, entretanto, perdeu peso político, mesmo entre a oposição.

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