Se este ano a família cresceu, o mais provável é que tenha sido para receber uma Maria ou um Francisco. Num país, não só de três, mas de muitas Marias, o nome volta a levar o ouro no pódio dos favoritos das famílias portuguesas, sem adversários à altura. Alice e Leonor são o segundo e terceiro nomes mais escolhidos para raparigas.
Só em 2022, nasceram, até agora, segundo os dados do Instituto dos Registos e Notariado, 5047 Marias, nome dez vezes mais comum do que Sara, que ocupa o 33.º lugar da tabela. Apenas Ana (que hoje está na 17.º posição) foi capaz de roubar a liderança durante as décadas de 1980 e 1990.
No lado dos rapazes as preferências são menos vincadas. Ainda que o nome Francisco não perca fãs desde 2019, logo atrás ficam Afonso, João e Tomás. Mais discretamente, Lourenço e Miguel vão mantendo lugar reservado no topo da lista.
De 2021 para este ano, Leonor desceu de segundo para terceiro lugar e Matilde de terceiro para quarto. Alice foi a responsável pelas quedas, num salto para a prata que finalmente destronou os dois nomes que já acompanhavam Maria no “top 3” há, pelo menos, uma década.
Se olharmos para os dados de 2012, Rodrigo era o preferido dos pais portugueses. Hoje, não entra sequer na lista dos dez favoritos. Também Gonçalo, o sétimo mais escolhido nesse ano, fica agora no 19.º lugar. Tiago e Diogo deixaram o “top 10” há dez anos e nunca mais conseguiram recuperar, oferecendo a vaga a Duartes e Santiagos (este último chegou a ser o nome mais usado em 2016 e 2017).
Já nos últimos lugares da lista dos 100 nomes preferidos de 2022 ficam Áurea, Kiara, Vera ou Raquel. A surpresa é Camila, que chega pela primeira vez aos dez primeiros.
Ainda sobre nomes menos comuns, nasceram 42 rapazes chamados Romeu, 44 Fábios e 46 Álvaros. Os clássicos, Manuel, José ou António, vão voltando a estar na moda, e ocupam os lugares 20, 21 e 28, respectivamente.