Desemprego atinge melhor Novembro desde que há registo
No mês passado, havia menos 49.161 desempregados inscritos do que em Novembro de 2021, uma quebra homóloga de 14,2%. Desemprego jovem recuou 13,5%.
O número de desempregados inscritos nos centros de emprego baixou 14,2% em Novembro em termos homólogos, para 296.723 pessoas, o melhor desempenho no 11.º mês do ano desde que há registo, informou hoje o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). Em cadeia, houve um aumento de 2,6%.
Segundo dados divulgados pelo IEFP, em Novembro, havia mais 7598 desempregados inscritos do que no mês anterior e menos 49.161 do que em Novembro de 2021.
Ao longo do mês de Novembro, inscreveram-se nos serviços de emprego de todo o país 54.348 desempregados, mais 7206 pessoas (mais 15,3%) do que no mesmo mês de 2021, e mais 3768 pessoas (+7,4%) do que em Outubro.
De acordo com o instituto, “para a diminuição do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2021, na variação absoluta, contribuíram, com destaque, os grupos dos indivíduos que têm idade igual ou superior a 25 anos (menos 44.018 pessoas inscritas), os que procuram novo emprego (menos 45.681 pessoas) e os inscritos há 12 meses ou mais (menos 50.516 pessoas)”.
Quanto ao desemprego jovem (pessoas com menos de 25 anos), registou um aumento em cadeia de 1,2% em Novembro (mais 380 jovens) e uma diminuição de 13,5% (menos 5143 jovens inscritos) face ao período homólogo.
Desemprego recua mais na Madeira e Algarve
A nível regional, no mês de Novembro, o desemprego registado no país, em termos homólogos, diminuiu em todas as regiões, com destaque para a região autónoma da Madeira (menos 33,3%) e da região do Algarve (menos 18%).
Em relação ao mês anterior, as regiões dividiram-se entre decréscimos (três) e acréscimos (quatro) no desemprego, sendo a maior variação na região do Algarve (+62,7%).
A nível sectorial, registaram-se descidas homólogas em todas as actividades económicas, tendo-se as variações mais significativas verificado, por ordem decrescente, na ‘indústria do couro e dos produtos do couro’ (-27,9%), ‘fabrico veículos automóveis, componentes e outro equipamento de transporte’ (-24,4%) e ‘indústrias do papel, impressão e reprodução’ (-21,6%).
Em Novembro, 121.402 pessoas estavam desempregadas há mais de um ano, menos 29,4% que em igual mês de 2019 (menos 50.516 pessoas), e -1,3% que em Outubro (menos 1598 pessoas).
Já os inscritos há menos de um ano totalizavam 175.321, tendo-se observado aumentos em cadeia de 5,5% (mais 9196) e homólogos de 0,8% (mais 1.355).
Os grupos profissionais mais representativos dos desempregados registados no continente eram em Novembro os “trabalhadores não qualificados” (26,6%), “trabalhadores dos serviços pessoais, de protecção de segurança e vendedores” (20,5%), “pessoal administrativo” (11,5%) e “especialistas das actividades intelectuais e científicas” (11,0%).
Quanto às ofertas de emprego por satisfazer, no final de Novembro, totalizavam 15.934 nos serviços de emprego de todo o país, número que corresponde a uma diminuição anual (-5.892 e -27,0%, respectivamente) e face ao mês anterior (-1.606 e -9,2%, respectivamente) das ofertas em ficheiro.
Já as ofertas de emprego recebidas em Novembro totalizaram 8761 em todo o país, um número inferior em 2810 às recebidas no mês homólogo (-24,3%) e em 768 às do mês anterior (-8,1%).
As actividades económicas com maior expressão nas ofertas de emprego recebidas ao longo deste mês (sendo que neste caso o IEFP considera apenas os dados relativos ao continente) foram as “actividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio” (17,8%), o “comércio por grosso e a retalho” (14,2%) e a “administração pública, educação, actividades de saúde e apoio social” (10,4%).
As colocações realizadas durante o mês de Novembro totalizaram 6392 em todo o país, um número inferior ao verificado em igual período de 2021 (-1.224 e -16,1%, respectivamente) e ao mês anterior (-364 e -5,4%, respectivamente).
A análise das colocações efectuadas, por grupos de profissões (dados do continente), mostra uma maior concentração nos “trabalhadores dos serviços pessoais, de protecção e segurança e vendedores” (20,6%), nos “trabalhadores não qualificados” (20,4%), e nos “trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices” (12,0%).