A cantora Claudisabel, 40 anos, foi identificada como a vítima mortal da colisão, nesta madrugada, entre dois veículos ligeiros na Auto-estrada 2 (A2), junto a Alcácer do Sal.
A sua morte foi avançada na página oficial da artista, numa publicação assinada pela discográfica Nucafé Records, e confirmada pelo amigo e agente Axel, à RTP1.
Claudisabel, que neste domingo participou no programa Domingão da SIC, em Castanheira de Pêra, distrito de Leiria, estaria a regressar "de uma presença num programa televisivo" e "teve um acidente de viação de madrugada", disse o também cantor.
O comandante dos Bombeiros Mistos de Alcácer do Sal, Valdemar Gonçalves, confirmou, entretanto, à agência Lusa que a vítima mortal do acidente ocorrido ao quilómetro 85 da A2 foi Claudisabel, nome artístico de Cláudia Isabel Leiria Madeira.
O acidente, explicou o comandante dos bombeiros, fez com que o carro em que seguia a artista capotasse e as operações de socorro implicaram a realização de “trabalhos de desencarceramento e salvamento avançado”.
O óbito da artista foi declarado no local pelo médico da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do Hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém, adiantou, referindo que o corpo foi transportado para a morgue daquela unidade hospitalar.
Segundo uma fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Setúbal, o acidente, para o qual foi dado alerta à 1h55, provocou ainda um ferido ligeiro.
Em 2019, a cantora já tinha estado envolvida noutro acidente que a deixara gravemente ferida. Numa entrevista, em Agosto, a Manuel Luís Goucha (TVI), Claudisabel recordou que "estava parada, num semáforo". E explicou: "Quando a luz passa a verde, avanço, a outra condutora nem sequer travou e acabou por embater [lateralmente] no meu carro." Apesar de o prognóstico não ser animador, já que na época lhe indicaram a possibilidade de vir a ficar cega, a cantora recuperou e, em 2020, ressurgiu com um novo álbum, Condenada.
Claudisabel nasceu em Faro, a 4 de Outubro 1982. Com apenas 13 anos, lançou o seu primeiro álbum, Dizias Tu, Pensava Eu. Três anos depois, em 1998, apresentou Pensei Com o Coração e, no ano seguinte, Preciso de um Herói, álbum que foi um dos seus maiores sucessos.
O novo milénio trouxe Meu Sonho Azul (2001), Preto no Branco (2005), Quem és tu (2009), mas também um convite para interpretar o tema Contra tudo e todos, que Jordi Cubino levou ao Festival da Canção em 2010 — foi uma das 24 canções que chegaram às semifinais.