Argentina-França, o Mundial precisava de uma final assim

Messi contra Mbappé é a narrativa mais forte do jogo que vai decidir o título no Qatar. Mas não é a única.

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Algumas das figuras da final traduzidas na arte de rua Reuters/NIHARIKA KULKARNI

É impossível falar do Mundial 2022 e falar apenas de futebol, por tudo o que aconteceu antes, o que tem acontecido agora e o legado que vai deixar. O Mundial que o Qatar organizou terá sempre a sombra dos milhares de trabalhadores migrantes que morreram nos últimos 12 anos a construir estádios e outras coisas, terá sempre a sombra da corrupção sobre si, será sempre um Mundial organizado por um país com leis que criminalizam a comunidade LGBTQ+ e em que as mulheres não têm o mesmo direito que os homens. E, no entanto, o último dia deste Mundial terá um jogo que nos oferece uma narrativa futebolística irresistível: um génio que tem uma última oportunidade de se equiparar a outro génio; e um campeão do mundo a tentar consolidar o seu lugar como uma das melhores equipas de sempre.

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