Jofredino Faife ganha Prémio Imprensa Nacional/Eugénio Lisboa

Autor moçambicano concorreu com o trabalho Teatro de Marionetes (ou Ensaio sobre a Mecânica Descritiva da Desertificação dos Homens).

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Jofredino Faife DR

O vencedor da edição de 2022 do Prémio Imprensa Nacional/Eugénio Lisboa é Jofredino Faife, anunciou a organização esta quarta-feira.

O autor moçambicano concorreu sob o pseudónimo de Natália O. Campos com o trabalho Teatro de Marionetes (ou Ensaio sobre a Mecânica Descritiva da Desertificação dos Homens), uma "narrativa distópica com tendência para a ficção científica", nas palavras do júri. Trata-se de "uma rara proposta literária em Moçambique", acrescentou o júri, uma obra "criativa, complexa e de grande fôlego, deixando entrever o investimento posto na sua elaboração".

O autor, nascido em 1987, vive e trabalha em Maputo, é pedagogo de formação, já foi docente e é actualmente especialista de educação no sector não-governamental.

A escrita de Jofredino Faife já lhe valeu outras distinções: foi vencedor do Prémio Fundação Rui de Noronha 2009 com Memórias de Um Carteiro, trabalho inédito, e também ganhou o Prémio TDM de Literatura 2012 com Filha de Um Deus Menor.

O Prémio Imprensa Nacional/Eugénio Lisboa foi criado em 2017 pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda, numa parceria com o Camões - Centro Cultural Português em Maputo, e inclui a edição da obra e a atribuição de cinco mil euros ao vencedor. É destinado a "seleccionar trabalhos inéditos de grande qualidade no domínio da prosa literária, incentivando desta forma a criação literária moçambicana", diz a instituição promotora.

Concorreram à edição deste ano um total de 41 textos. E fizeram parte do júri, o médico e escritor Mbate Pedro, na qualidade de presidente, Sara Laisse, directora da Fundação Fernando Leite Couto, e Paula Mendes, editora-chefe na Imprensa Nacional.

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