Douro: Régua pode ter cheias na próxima madrugada
Capitania do Douro admite que ocorram cheias no rio Douro na Régua já esta quarta-feira
O comandante da capitania do Douro admitiu esta terça-feira à Lusa a possibilidade de na próxima madrugada ocorrerem cheias no rio Douro na Régua e de na quarta-feira, pelo final da tarde, o rio galgar as margens no Porto.
"Neste momento ainda não é factor de preocupação, mas preocupa-nos a precipitação que irá cair durante a tarde e ao final do dia e os efeitos que terá nas próximas 12 horas, a que se juntará a maré cheia que ocorrerá durante a madrugada", explicou o responsável da capitania, Silva Rocha.
Neste contexto, precisou Silva Rocha, "a acontecer [invasão das zonas ribeirinhas] fará sentir-se primeiro na Régua e, passadas 13 horas, muito provavelmente no Porto".
"Estamos a acompanhar as previsões e o que são os caudais nas barragens mais importantes do rio Douro e os seus afluentes para poder ter uma previsão mais precisa", acrescentou o comandante.
Os planos de cheias das bacias do Douro e do Tejo foram elevados para o nível amarelo, segundo a Protecção Civil, que esta terça-feira alertou ainda para a possibilidade de cheias em vários outros rios e ribeiras do continente.
Numa conferência de imprensa realizada na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC), em Carnaxide, Oeiras, o comandante nacional, André Fernandes, salientou que, depois de ter sido accionado em Santarém o Plano Especial de Emergência para Cheias na Bacia do Tejo, no nível amarelo, também na bacia do rio Douro foi accionado o plano de cheias para o nível amarelo.
Além destes dois rios, André Fernandes destacou que se mantém os alertas e os avisos já efectuados para diversas bacias hidrográficas devido às previsões de chuva forte e persistente durante a tarde, nomeadamente dos rios Minho, Lima, Cávado, Ave e Vouga, no Norte, além das bacias do Mondego e do Lis, no Centro.
Também se mantém os avisos para a ribeira do Livramento, na bacia do Sado, no distrito de Setúbal, e para o rio Degebe, na bacia hidrográfica do Guadiana, em Évora.
Com o agravamento previsto da situação meteorológica, também as ribeiras do Algarve podem ser afectadas, disse.