É habitado por 5700 peças, espraia-se por 240 metros quadrados e custou mais de 2500 horas de trabalho, 20 toneladas de areia, quatro toneladas de pó de pedra e três mil quilos de cortiça. Os números impressionam e não deixam os créditos do Presépio Gigante por mãos alheias, ou não fosse este considerado o maior presépio do país.
A tradição conta 20 anos e volta a fazer do Centro Cultural António Aleixo, em Vila Real de Santo António, ponto de romaria e encontro obrigatório no mapa natalício de muitas famílias. O sucesso do evento vai além-fronteiras: segundo a autarquia, há “milhares de visitantes estrangeiros, particularmente espanhóis, dada a sua popularidade na vizinha Andaluzia”.
A cada ano, o seu recorde: seja nas figuras, seja nos materiais e adereços utilizados – nota de rodapé ainda para os “vários quilómetros de cabos que permitem dar vida a esta obra de arte” –, os quadros na Natividade têm vindo a crescer na área ocupada e no engenho, cortesia de Augusto Rosa, Teresa Marques, Joaquim Soares e António Bartolomeu, funcionários do município e mentores do projecto.
Entre figuras mecanizadas, cenários animados, ornamentos e efeitos cénicos, são retratadas histórias de Natal cristãs e pagãs, sem esquecer as tradições do habitual postal algarvio: nesta edição contam-se, por exemplo, as salinas, as antigas cabanas da praia de Monte Gordo e as noras. Factores que, nota a organização do Presépio Gigante, “o distinguem de todos os outros existentes no país e são uma das razões do seu sucesso.”
Tradições à parte, o evento faz gala de outra bandeira: a da sustentabilidade. Assumindo a cartilha de marca ecológica, traz na ficha técnica materiais naturais reaproveitados, como a cortiça ou o musgo, e sistemas com iluminação led e reaproveitamento de águas.
Aberto desde 1 de Dezembro, o presépio pode ser visitado diariamente até 8 de Janeiro, entre as 10h e as 13h e as 14h30 e as 19h – excepto nos dias 24 e 31 de Dezembro (com encerramento às 18h) e 1 de Janeiro (com abertura às 15h). A entrada custa 1€ (0,50€ para crianças dos três aos dez anos).