Para o infinito e mais além
Recuso-me a fazer parte do grupo que se esqueceu de retribuir às bibliotecas o mundo que elas, tivessem ou não a forma física do infinito, lhes entregou como quem abraça.
A biblioteca municipal da minha cidade foi inaugurada quando eu tinha uns oito ou nove anos. Era um edifício moderno, que me lembrava o número oito, com paredes rasgadas por muitas janelas e um chão de madeira escura tão perfeitamente envernizado que quase feria a vista de quem por ele caminhava. Ainda hoje me lembro do cheiro que se respirava em cada sala, acreditam? Passei horas da minha infância e adolescência dentro daquele espaço que era, a anos-luz de distância, o que mais me fascinava no mundo todo que eu conhecia.
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