Natal no Bolhão: as velhas tradições e os estrangeirismos dos vizinhos novos
Pinhas e pinhões, peras secas e ameixas de Elvas, abóbora bolina e couve segada. Às memórias do mercado juntam-se as latas de conserva, os microgreens e as saladas veganas, os cogumelos e as algas.
Antes de entrar no Bolhão, contorne o Bolhão. Dê a volta por qualquer uma das ruas até encontrar o número 304, na abóbada que fica entre a Rua Formosa e a Sá da Bandeira e admire umas das jóias da coroa. Quatro anos e quatro meses depois, a Casa Hortícola tornou a abrir as suas portas e exibe as relíquias que foram sobrevivendo à história do mercado, à sua demolição e recente metamorfose. “Está exactamente como estava. Exactamente igual. Tecto e tudo”, diz-nos, orgulhoso, Isidro José, proprietário de 94 anos de uma casa que foi fundada em Agosto de 1921 no espaço onde antes existira a Salsicharia Internacional.
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