Comic Con Portugal começa na quinta-feira com mais de 300 horas de programação

Oitava edição do evento decorre até domingo no Parque das Nações, em Lisboa. Organização não adianta número de bilhetes já vendidos.

Foto
Figurantes na apresentação da oitava Comic Con Portugal, esta manhã MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

A convenção Comic Con Portugal, um encontro dedicado à cultura pop e ao entretenimento, começa na quinta-feira em Lisboa e promete mais de 300 horas de programação e acções promocionais, num recinto melhorado e sem as restrições da pandemia que marcaram a última edição.

A oitava edição da convenção decorrerá até domingo no Parque das Nações, uma área de 115 mil metros quadrados que inclui a Altice Arena e os espaços envolventes.

Em conferência de imprensa esta terça-feira para apresentar um cartaz que junta cinema, televisão, cosplay, videojogos, banda desenhada e literatura, o director da Comic Con Portugal, Paulo Cardoso, disse que a actual localização é "o melhor de dois mundos", por incluir espaços exteriores e interiores.

Questionado pela agência Lusa, o responsável escusou-se a revelar quantos bilhetes foram já vendidos, referindo que a expectativa é que a convenção atinja o patamar de visitantes de 2019, ano em que se registaram 140.589 entradas.

Entre os mais de 370 convidados deste ano estão nomes como o actor Sean McGuire, da série Once Upon a Time, a actriz Dafne Keen e o actor Amir Wilson, que protagonizam a série Mundos Paralelos, ou Zackary Levi, do filme Shazam!, assim como os autores Paco Roca, Wes Craig, António Jorge Gonçalves, João Tordo e Paula Hawkins.

Além de participarem em apresentações do seu trabalho, os artistas convidados geralmente também estão disponíveis para sessões de autógrafos, fotografias com fãs e entrevistas promocionais. A organização salvaguarda que, além do bilhete geral de entrada, os visitantes poderão ter de pagar um bilhete adicional para as sessões de autógrafos ou de fotografias, dependendo da decisão de cada artista convidado.

Paulo Cardoso lembrou que a Comic Con existe para dar visibilidade "a produtos da cultura pop" e depende das parcerias que a organização faz com as empresas deste "negócio multimilionário". Nesta edição estarão presentes, por exemplo, a plataforma HBO, a Nos Audiovisuais, os canais AMC, AXN e SyFy ou a Paramount Pictures.

Da produção nacional, haverá apresentações e painéis dedicados, por exemplo, à serie Santiago, da plataforma Opto, da SIC, ao filme O Último Animal, de Leonel Vieira, e à produção da série Codex 362 para a RTP.

Paulo Cardoso sublinhou que a Comic Con é "uma experiência incrível", mas reconheceu que "Portugal é um país difícil [devido aos seus números de] "box office" [receita de bilheteira] perante países com maiores audiências".

Questionado sobre o impacto económico da Comic Con Portugal, o director disse que foi desenvolvido um estudo quando a convenção decorreu em Oeiras, cujos dados não foram ainda divulgados e estão a ser actualizados.

Ainda assim, o director afirmou que a Comic Con tem impacto "no retalho, nos coleccionáveis, no vestuário, nas propriedades intelectuais" e também se repercute "nas salas de cinema e [no] streaming".

"São indústrias multibilionárias que têm sempre de se alimentar. Mas vivemos com as experiências das pessoas. A Comic Con é levar entretenimento às pessoas", disse.

A programação completa da Comic Con pode ser consultada em comic-con-portugal.com.