Clooney foi o homenageado do Kennedy Center e Julia Roberts dedicou-lhe o vestido

A actriz Julia Roberts, amiga e “parceira no crime” de George Clooney, apresentou-se na Casa Branca com um longo vestido preto em que o padrão era formado por fotografias emolduradas do actor.

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George Clooney e a mulher, Amal, à chegada para o Jantar do Artista em honra dos homenageados do Kennedy Center EPA/Ron Sachs / POOL
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Os homenageados do 45º Honras Anuais do Kennedy Center: os membros da banda de rock irlandesa U2, Adam Clayton, Larry Mullen Jr., The Edge e Bono (fila de trás, da esquerda para a direita); a cantora e compositora americana Amy Grant; a icónica cantora americana de soul, gospel, R&B e pop Gladys Knight; o actor americano George Clooney; e a compositora, maestrina e educadora americana nascida em Cuba, Tania León EPA/Ron Sachs / POOL
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O actor americano Don Cheadle marcou presença na recepção para os homenageados do Kennedy Center, na Sala Leste da Casa Branca, em Washington, D.C. EPA/BONNIE CASH / POOL
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O Presidente dos EUA, Joe Biden, falou de união durante a recepção aos homenageados do Kennedy Center Reuters/STRINGER
Kaley Cuoco
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A compositora, maestrina e educadora americana de origem cubana Tania León posa para uma foto no tapete vermelho no Kennedy Center Reuters/SARAH SILBIGER
Amy Grant
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A cantora e compositora pop contemporânea Amy Grant posa para uma foto no tapete vermelho no Kennedy Center Reuters/SARAH SILBIGER
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O Kennedy Center homenageou, este ano, Bono e o actor e cineasta George Clooney Reuters/SARAH SILBIGER
Jill Biden
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O Presidente dos EUA, Joe Biden, e a primeira-dama, Jill Biden, à chegada da recepção que teve lugar na Casa Branca Reuters/STRINGER
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Nancy Pelosi e o seu marido, Paul Pelosi, ainda a recuperar de um ataque, em Outubro, foram ovacionado no Kennedy Center Reuters/STRINGER
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O actor e cineasta de honra do Kennedy Center George Clooney com a mulher, Amal Clooney Reuters/SARAH SILBIGER
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O compositor e guitarrista The Edge com a mulher, Morleigh Steinberg Reuters/SARAH SILBIGER
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O Kennedy Center honra os membros da banda U2: Adam Clayton, Bono, The Edge e Larry Mullen Jr. Reuters/SARAH SILBIGER
Kirsten Vangsness
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Gladys Knight, cantora honorária do Kennedy Center, posa para uma foto no tapete vermelho no Kennedy Center Reuters/SARAH SILBIGER
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O Poupas da Rua Sésamo também foi à gala Reuters/SARAH SILBIGER
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Paul Pelosi, ao centro, foi atacado, em Outubro, violentamente na sua casa em S. Francisco Reuters/SARAH SILBIGER

O actor George Clooney, a cantautora Amy Grant, a cantora Gladys Knight, a compositora Tania León e a banda irlandesa de rock U2 foram celebrados, no domingo, pelas suas contribuições para as artes numa recepção na Casa Branca e num espectáculo do Kennedy Center.

O evento Kennedy Center, agora no seu 45º ano, reconhece estrelas da música, do palco e do ecrã pelas suas contribuições para a cultura americana.

Numa recepção para os cinco homenageados na Casa Branca, o Presidente Joe Biden dirigiu-se pessoalmente a cada artista, elogiando os seus talentos individuais e dizendo que encarnavam o espírito do país.

“Esta noite, celebramos um grupo de artistas verdadeiramente excepcional... que encarna o espírito de ‘Nós, o Povo'”, disse Biden.

A sala estava repleta de celebridades para o segundo evento organizado na Casa Branca nos últimos dias, e uma das que mais brilhou foi Julia Roberts, que decidiu apoiar o amigo e parceiro no crime na saga Ocean's George Clooney com um vestido longo preto Moschino adornado por fotografias emolduradas do actor, desde o tempo em que vestiu a pele do médico galã Doug Ross, em ER: Seviço de Urgência. Ao lado da actriz, outro aliado Ocean's: Matt Damon.

Entre os famosos, esteva o antigo agente da polícia de Washington, D.C. Michael Fanone, que foi espancado a defender o Capitólio dos EUA, em 6 de Janeiro de 2021. Fanone sentou-se na primeira fila, ao lado do cantor Eddie Vedder.

Dentro da casa de ópera do Kennedy Center, onde decorreu o espectáculo, a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, e o seu marido, Paul, ainda a recuperar do ataque de que foi alvo, em Outubro, na sua casa em São Francisco, apareceram num camarote e foram aplaudidos de pé, depois de serem mencionados por David Rubenstein, o presidente do Kennedy Center.

O espectáculo destacou o trabalho dos cinco artistas e representou um regresso aos tempos antes do início da pandemia de covid; no domingo à noite, não havia nenhuma exigência de testes ou de utilização de protecção individual — ainda que a doença continue a matar no país (a média dos últimos sete dias aproximou-se dos 300 óbitos).

Clooney, um actor e cineasta que fez de médico no popular programa de televisão Serviço de Urgência antes de lançar uma carreira cinematográfica que lhe valeu dois Óscares da Academia, disse que tornar-se um homenageado do Kennedy Center era um pouco assustador.

“Cresci numa pequena cidade no Kentucky e assistia [à gala] na televisão”, disse Clooney aos repórteres sobre as Honras do Kennedy Center, referindo-se aos vencedores anteriores Jimmy Stewart e Robert Redford. “É uma fraternidade excitante para se fazer parte.”

Julia Roberts e o pai de Clooney, Nick, juntamente com os actores Damon, Don Cheadle e Richard Kind apareceram no palco do Kennedy Center para honrar o cineasta. “O melhor e mais importante trabalho de George ainda está por fazer”, disse o seu pai.

Momentos trabalhados no tempo

Amy Grant notabilizou-se, primeiro, como cantora de música cristã contemporânea. Mas viria a alcançar o estrelato pop, acumulando seis prémios Grammy.

“Sinto-me tonta”, disse ela no tapete vermelho do Kennedy Center antes do espectáculo. “Sinto sobretudo uma dívida de gratidão”, referindo-se a todos os que trabalharam com ela nas últimas quatro décadas. “Para tudo, é preciso uma aldeia.”

Os cantores Sheryl Crow, Brandi Carlile, CeCe Winans e BeBe Winans estiveram entre os artistas que celebraram Grant, interpretando uma selecção das suas canções.

Já Gladys Knight, que ganhou sete prémios Grammy, é famosa por canções de sucesso como I heard it through the grapevine ou Midnight train to Georgia, enquanto como vocalista de The Pips, que se tornou Gladys Knight & The Pips em 1962.

“[Gladys Knight] liga-se a nós a um nível espiritual mais profundo”, considerou o actor LL Cool J, numa declaração em palco dedicada a Knight. Cantores como Garth Brooks e Patti LaBelle interpretaram algumas das canções de Knight.

León, nascida em Cuba, é maestrina e compositora, cuja peça orquestral Stride ganhou o Prémio Pulitzer de Música de 2021.

“As peças de Tania [León] são momentos trabalhados no tempo, inspirados pela arte, história e natureza”, disse a compositora e cantora de ópera Alicia Hall Moran que, com o marido, Jason Moran, e o violoncelista Sterling Elliott, interpretou Oh Yemanja.

O tributo final da noite foi para a banda irlandesa U2 que, com os membros Bono, The Edge, Adam Clayton e Larry Mullen Jr., ganhou 22 prémios Grammy e foi admitida no Rock & Roll Hall of Fame em 2005.

Sacha Baron Cohen, interpretando a sua personagem Borat, gracejou em palco que procurava o antigo presidente Donald Trump e fez referência ao comportamento anti-semita de Ye, o artista anteriormente conhecido como Kanye West.

Vedder interpretou Elevation e One, enquanto a cantora ucraniana Jamala se juntou a Carlile e outros para interpretar Walk on.

“Num momento em que há demasiado ódio, demasiada raiva, demasiada divisão aqui na América e, muito francamente, em todo o mundo, temos de nos lembrar hoje, como diz a sua canção, que ‘Somos um só, mas não somos o mesmo. Temos a possibilidade de nos carregarmos uns aos outros'”, disse Biden na Casa Branca, referindo-se a uma letra dos U2 (We're one, but we're not the same. We get to carry each other, carry each other).

Carlile notou o apoio dos artistas dos U2 e de Grant aos direitos LGBTQ enquanto representam a sua fé cristã para o mundo.

“Quando temos tipos como o Bono e o The Edge e temos pessoas como a Amy Grant a saírem em apoio de pessoas homossexuais da forma como o fazem, é realmente corajoso”, disse Carlile. “Têm feito muito por mim espiritualmente.”