Jin, dos BTS da Coreia, faz 30 anos no domingo e inicia recruta a 13 de Dezembro
Depois de terem beneficiado de um adiamento com uma revisão de lei, os membros da banda de K-pop vão mesmo cumprir serviço militar obrigatório. O primeiro é Jin, o mais velho.
Os membros dos BTS, RM, Jin, Suga, J-Hope, Jimin, V e Jungkook, deveriam ter iniciado o serviço militar obrigatório até aos 28 anos, de acordo com a lei do país datada de 1948, ano da fundação do país.
Mas, a relevância do grupo na esfera internacional, levou a uma alteração de lei que esticou, em casos excepcionais, a idade limite para os 30, o número de anos que Jin completa neste domingo, 4 de Dezembro. Nove dias depois, o músico deverá apresentar-se em Yeoncheon, na província de Gyeonggi, para uma recruta de cinco semanas. Depois, seguirá para uma “unidade da linha da frente”, informou a agência noticiosa Yonhap, citada pelo South China Morning Post.
Estima-se que o grupo de K-pop contribua com mais de 5,5 biliões de won (cerca de 4 mil milhões de euros) todos os anos para a economia sul-coreana, segundo um relatório de 2018 do Hyundai Research Institute. O mesmo instituto acrescenta que cerca de 800 mil turistas estrangeiros visitaram o país em 2018 por causa dos BTS. Para a Hybe, o grupo representa entre 50 e 60% dos lucros da empresa, de acordo com um relatório da eBest Investment & Securities.
Os BTS formaram-se em 2010, mas só se estrearam em 2013, com o single No more dream. Desde então, as estrelas sul-coreanas tornaram-se uma sensação mundial com os seus êxitos e o seu envolvimento em causas sociais.
Em 2018, foram o primeiro grupo asiático a chegar ao primeiro lugar do top nos Estados Unidos. Já em 2021 ganharam o prémio de Artista do Ano nos American Music Awards (AMA).
Em Outubro, os BTS anunciaram uma pausa, estando previsto regressarem apenas em 2025. “Tanto a empresa como os membros da BTS esperam que a banda se reúna, novamente, por volta de 2025, após cumprirem os seus compromissos de serviço militar”, divulgou, num comunicado separado, a agência da banda.
Ao mesmo tempo, o debate em torno do serviço militar obrigatório que pode ir até 21 meses reacendeu-se na Coreia do Sul. Afinal, como explicou Yoon Sang-hyun, legislador que propôs a alteração à lei para incluir três semanas de recruta para os artistas de K-pop, em substituição do serviço militar de ano e meio, “os BTS fizeram um trabalho que precisaria de mais de mil diplomatas”.