Surma deixa cair as máscaras
A cantora e instrumentista regressa com um álbum para o qual convidou uma mão-cheia de convidados de luxo. Mas alla é, acima de tudo, a descoberta da vulnerabilidade como super-poder.
Antes sequer de pensar na música do seu segundo álbum, Débora Umbelino sentiu necessidade de criar e dar forma a uma personagem que pudesse constituir o sistema nervoso central para o passo seguinte da sua discografia. As canções haviam de surgir depois, a torneira das ideias não estava seca nem perto disso, mas faltava-lhe alinhar o seu momento pessoal com a persona artística para que a música viesse a fazer sentido e não se limitasse a ser um amontoado de notas e sons avulsos. Tratou, por isso, de fixar quem era naquele momento, antes de se entrincheirar na cave da aldeia de Vale do Horto, Leiria, para onde se retira na altura de se traduzir num punhado de canções.
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