Poucas questões serão tão divisivas dentro dos feminismos — tal como na sociedade em geral — como o fenómeno da prostituição. Historicamente, os movimentos de mulheres olharam para a prostituição como uma das formas mais sublimadas da opressão patriarcal. No início da década de 1980, Carol Leigh insurgiu-se contra esta visão das prostitutas como meras vítimas, sem capacidade de agência, e quis trazer os direitos para a conversa: prostituta e feminista, insistiu no termo “trabalho sexual”, que marca ainda hoje uma outra forma de abordar o fenómeno. Através do activismo e também do humor, através da sua persona artística Scarlot Harlot, ajudou a quebrar tabus e a trazer as perspectivas das trabalhadoras do sexo para o debate.
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