Conselho de Ministros aprova equipa da direcção executiva do SNS

Três dos cinco elementos vão trabalhar na sede da direcção executiva, no Porto, e os outros dois em Lisboa.

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Fernando Araújo é o director executivo do Serviço Nacional de Saúde Nelson Garrido

O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira a equipa de cinco elementos do conselho de gestão da Direcção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS), depois de todos terem passado pelo crivo da Cresap (Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública). São dois médicos, uma enfermeira e dois administradores hospitalares e têm um mandato de três anos que pode ser renovado por três vezes consecutivas, no máximo.

Os cinco são naturais do Norte e começam a trabalhar a partir de 1 de Dezembro com o director executivo, Fernando Araújo. Três ficam na sede do novo organismo, no Porto, e dois em Lisboa. A equipa do conselho de gestão deste novo instituto público de regime especial vai “apoiar o director executivo na melhoria da resposta em rede” das várias unidades de saúde do SNS, explica o Ministério da Saúde em nota enviada à imprensa.

O mais jovem, o médico Francisco Goiana da Silva, 33 anos, era até agora gestor da área de parcerias estratégicas do YouTube/Google para as regiões Europa, África e Médio Oriente (2021 a 2022), foi consultor da Organização Mundial da Saúde (OMS) entre 2019 e 2022 e técnico especialista do gabinete de Fernando Araújo quando este foi secretário de Estado Adjunto e da Saúde (2015 a 2018). Natural de Santo Tirso, Francisco Goiana da Silva é doutorado em Política de Saúde e Inovação Global em Saúde pelo Imperial College e pós-graduado em Saúde Global pela Universidade de Harvard.

Vai trabalhar em Lisboa em conjunto com Jaime Alves, 50 anos, jurista, que desde 2019 e até à data era vogal do conselho de administração do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central. Natural de Vila Real, Jaime Alves foi chefe de gabinete de Fernando Araújo quando este passou pelo Governo e desempenhou várias funções como técnico especialista, adjunto e chefe de gabinete no Ministério das Finanças.

Com Fernando Araújo a trabalhar na sede da direcção executiva fica Filomena Cardoso, 63 anos, que até à data era enfermeira directora do Centro Hospitalar e Universitário São João e foi vogal do conselho directivo da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte entre 2009 e 2011.

Também na sede fica Fátima Fonseca, 50 anos, especialista em medicina geral e familiar e até agora vogal executiva com funções de directora clínica para a área dos Cuidados de Saúde Primários da Unidade Local de Saúde do Alto Minho, que inclui os hospitais de Viana do Castelo e Ponte de Lima e os centros de saúde da região. Fátima Fonseca exerceu medicina nesta unidade e em várias estruturas das ARS do Norte e do Centro.

Por último, Rita Moreira, 42 anos, gestora, era desde 2019 vogal executiva do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário do Porto e foi vice-presidente do conselho directivo da ARS do Norte e assessora financeira do Centro Hospitalar do Porto (2012 a 2016).

Na sexta-feira passada, Fernando Araújo destacou, num seminário na secção regional do Norte da Ordem dos Médicos, o trabalho acrescido que implica ter a sede da nova estrutura localizada no Porto. “Estamos a criar um instituto novo e ainda por cima longe de Lisboa”, enfatizou, lamentando que “nada esteja preparado” em Portugal para funcionar “fora da capital”. Um desafio que aceitou até para provar que a “descentralização é possível”.

Além de coordenar a resposta assistencial das unidades de saúde do SNS, a direcção executiva do SNS passará também a coordenar a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados e a Rede Nacional de Cuidados Paliativos, “o que permitirá acompanhar de forma mais abrangente as respostas aos utentes nos vários ciclos de vida”, lembra o ministério.

A direcção executiva, que começa a funcionar em pleno a partir de 1 de Janeiro de 2023, “corresponde a uma profunda alteração à orgânica do SNS, determinante para uma visão mais global do sistema de saúde” e conduzirá “as adaptações necessárias à concretização das principais políticas e prioridades em saúde definidas pelo Ministério da Saúde”, acrescenta.

Notícia actualizada às 23h30: O título e o lead foram alterados

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