Líderes republicanos no Congresso sobrevivem a oposição interna
Alguns congressistas e senadores republicanos responsabilizam os seus líderes pelo fracasso nas eleições da semana passada. Ainda assim, é quase certo que não haverá mudanças a partir de Janeiro.
Os líderes do Partido Republicano no Congresso dos Estados Unidos conseguiram travar um movimento de oposição interna que os acusa de serem os responsáveis pelos fracos resultados nas eleições da semana passada.
Nesta quarta-feira, o líder da minoria republicana no Senado, Mitch McConnell, saiu vencedor de uma votação interna (37-10) em que contou com a oposição de última hora do senador Rick Scott, da Florida.
Com este resultado, McConnell, de 80 anos — e líder dos republicanos no Senado desde 2007 —, vai manter-se no cargo em Janeiro, no início de uma nova sessão do Congresso dos EUA.
Na Câmara dos Representantes, o actual líder da minoria republicana, Kevin McCarthy, ultrapassou uma primeira barreira para ser eleito presidente do órgão legislativo em Janeiro, em substituição da democrata Nancy Pelosi.
Como actual líder da sua bancada, McCarthy estava na linha da frente para ser o nomeado do partido se os republicanos conquistassem a maioria nas eleições intercalares — o que é quase certo, faltando apenas uma vitória nas dez eleições ainda por fechar.
McCarthy, de 57 anos, teve o apoio de Donald Trump para se candidatar a presidente da Câmara dos Representantes, depois de um desentendimento entre os dois nos dias que se seguiram à invasão do Capitólio, em Janeiro de 2021.
Nessa altura, McCarthy responsabilizou Trump pelo ataque e chegou a dizer que ia sugerir ao então Presidente dos EUA que renunciasse ao cargo. Poucas semanas depois, após o fim do mandato de Trump, a 20 de Janeiro de 2021, o congressista republicano foi fotografado ao lado do ex-Presidente dos EUA na mansão de Mar-a-Lago — um momento que foi visto como o sinal de que o Partido Republicano não ia abandonar Trump depois da invasão do Capitólio.
Para ser eleito, McCarthy tem ainda de enfrentar uma votação no plenário da Câmara dos Representantes, em Janeiro. Se não houver surpresas, os votos dos congressistas republicanos serão suficientes para o consagrar como sucessor de Pelosi.