Passageiros nos aeroportos nacionais superaram em Outubro o nível pré-pandemia
Número de passageiros em Outubro deste ano superou em 3,8% o do mesmo mês de 2019, de acordo com os dados do grupo que detém a ANA – Aeroportos de Portugal, o que acontece pela primeira vez.
O número de passageiros nos aeroportos portugueses ultrapassou em Outubro os níveis pré-pandemia, ao subir 3,8% face ao mesmo mês de 2019 (ano em que se bateram recordes). Os dados foram avançados esta quarta-feira pela Vinci, empresa francesa que detém a ANA – Aeroportos de Portugal, responsável pela gestão dos principais aeroportos nacionais.
A empresa não avança números absolutos no seu comunicado mensal, nem valores por aeroporto, mas, segundo os dados do Instituto Nacional e Estatística (INE), em Outubro de 2019 passaram 5,47 milhões de passageiros pelas infra-estruturas aeroportuárias nacionais. Em número de voos, os dados da Vinci também mostram uma subida, neste caso de 1,9%, face a Outubro de 2019.
“A recuperação do tráfego de passageiros ganhou ímpeto na maior parte dos aeroportos da rede [do grupo] em Outubro”, refere a empresa no comunicado. “Em particular, atingiu níveis superiores aos pré-crise pela primeira vez em Portugal, tal como ocorreu em alguns aeroportos da América Latina há uns meses”, realça a Vinci.
A tendência de subida nos aeroportos nacionais surge depois de ter começado o ano com três meses de queda a dois dígitos, que se foi depois atenuando até chegar aos menos 1,3% em Setembro. Nesse mês, de acordo com dados disponibilizados esta quarta-feira pelo INE, o aeroporto de Lisboa recebeu 2,83 milhões de passageiros, menos 4,5% face a Setembro de 2019. Faro também teve menos passageiros, ao contrário do Porto, que superou os valores pré-pandemia logo no passado mês de Maio.
Assim, há duas hipóteses para explicar os dados de Outubro agora disponibilizados pela Vinci: ou o aeroporto de Lisboa superou os números de 2019, ou o crescimento de outros aeroportos (como o do Funchal, que tal como o do Porto tem recebido mais passageiros) permitiu que o valor global subisse para um nível pré-pandemia, compensado a permanência de uma diferença negativa do maior aeroporto nacional.
Numa análise aos dez meses do ano, segundo os dados da Vinci, o número de passageiros está ainda 7,2% abaixo do mesmo indicador em 2019.