Concurso para reabilitação do Palácio do Bussaco será lançado até ao fim do ano
Além da intervenção no hotel, está prevista a requalificação do Chalet de Santa Teresa, das antigas cavalariças e da Casa da Forja.
O presidente da Fundação Mata do Bussaco, Guilherme Duarte, garantiu este domingo que o concurso internacional para a reabilitação do Palácio Hotel, classificado como monumento nacional desde 2018, vai ser lançado até ao final do ano.
“Este concurso está numa fase muito avançada, estimando-se que seja lançado até ao final do ano. No próximo ano haveremos de ter candidato para execução da obra física, que irá dotar todo este espaço de melhores condições”, explicou.
O Palácio Hotel do Bussaco, projectado no último quartel do século XIX pelo arquitecto italiano Luigi Manini, localiza-se na Mata Nacional do Bussaco, freguesia do Luso, concelho da Mealhada.
Em declarações à agência Lusa, Guilherme Duarte explicou que o concurso internacional do Palace Hotel do Bussaco prevê a recuperação integral do edifício, no âmbito do Programa Revive.
“Mantendo sempre a sua traça, o edifício vai ser alvo de intervenções ao nível de todas as canalizações, embrechados, telhados, sistemas de ventilação e aquecimento. Falamos de uma obra com um valor que não sei precisar, pois ainda não está fechado, mas que será de muitos milhões de euros”, descreveu.
Este concurso internacional prevê ainda a requalificação o Chalet de Santa Teresa, um chalet oitocentista que se encontra a cair, bem como a recuperação das antigas cavalariças e a Casa da Forja.
“Vamos deixar de ter ruínas dentro da Mata. É uma grande obra, que irá demorar algum tempo, mas que vai ser uma realidade. Conta com o envolvimento e o empenho da secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, do Instituto do Turismo de Portugal, do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, da Direcção-Geral do Património Cultural e da Câmara Municipal da Mealhada”, destacou.
O Programa Revive foi lançado com o objectivo de “promover a requalificação e o subsequente aproveitamento turístico de um conjunto de imóveis do Estado com valor arquitectónico, patrimonial, histórico e cultural”.
Estes imóveis serão alvo de investimentos privados que “os tornem aptos para afectação a uma actividade económica com fins turísticos e ou culturais, tendo em vista a respectiva requalificação e valorização desses activos e possibilitando o pleno aproveitamento e fruição pelas comunidades em que se inserem”.