IL: Candidato Rui Rocha começa volta pelos 70 núcleos espalhados pelo país

O candidato disputa com Carla Castro a liderança do partido.

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Rui Rocha concorre à liderança da IL LUSA/PAULO NOVAIS

O candidato à liderança da IL Rui Rocha começa este sábado a volta pelos 70 núcleos do partido espalhados pelo país, uma campanha que quer virada “para fora” e para os problemas dos portugueses, sem esquecer as transformações internas necessárias.

Em declarações à agência Lusa, Rui Rocha traçou os objectivos da sua volta por todas as estruturas locais do partido durante a campanha interna que durará até à convenção electiva marcada para 21 e 22 de Janeiro do próximo ano, começando hoje por Bragança, Vila Real e Guarda, seguindo no domingo para Portalegre.

“A minha ideia é percorrer todos os núcleos da Iniciativa Liberal pelo país e contactar todos os membros. Membros com funções mais representativas, com funções menos representativas, sem funções representativas. Falar com todos porque é muito importante para mim nesta candidatura ter esse contacto, explicar a razão desta candidatura, falar das medidas que temos e podermos trocar ideias sobre o futuro do partido”, justificou.

Prometendo um “registo de absoluta informalidade” nestes encontros, o candidato à sucessão de João Cotrim Figueiredo – que disputa estas eleições internas com Carla Castro – adianta que ao longo da campanha vai apresentar medidas para o país nos nove capítulos que definiu como prioritários e também propostas internas para o partido, “sempre com o objectivo de dar voz aos membros”.

“Os partidos têm mais sucesso, e acho que a história nos identifica isso, quando se viram para fora e quando se preocupam com o país e quando têm propostas concretas para o país”, defendeu.

Para Rui Rocha, “isso não quer dizer que não haja coisas a fazer e transformações a fazer na Iniciativa Liberal internamente”, deixando claro que isso é preciso fazer.

“O partido teve várias lutas eleitorais nos últimos tempos. É natural que não tenha estado tão pendente e tão preocupado com a gestão interna. Essa é uma preocupação minha. As medidas internas são muito importantes”, enfatizou.

No entanto, para o deputado e dirigente liberal, o partido não pode “focar apenas as questões internas” porque no dia em que o fizesse estaria “a perder o contacto com o país”.

Dentro do capítulo das propostas para o país “para quem quer subir na vida”, Rui Rocha destaca medidas para os profissionais liberais e trabalhadores independentes que “têm sido muito mal tratados em Portugal pela burocracia, pelos custos, pela fiscalidade”.

Na área dos transportes, o objectivo de ter uma ligação ferroviária entre capitais de distrito.

Nas medidas para “quem quer um país com futuro”, o candidato elencou propostas para responder ao problema da água, propondo a “ligação entre bacias hidrológicas, ou seja, auto-estrada da água que ligam “pontos onde há abundância da água para locais onde ela falta” e ainda planos para o regadio ou planos de eficiência.

Já sobre questões internas, além de criar condições para abrir uma revisão estatutária que resolva o “peso desproporcionado da Comissão Executiva no Conselho Nacional”, Rui Rocha propõe resolver o problema de representação que a IL tem nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores pretendendo criar uma estrutura representativa que possa interagir com os governos regionais.

Depois da surpresa do anúncio das eleições antecipadas na IL e às quais o actual líder João Cotrim Figueiredo não se vai recandidatar, Rui Rocha e Carla Castro, ambos deputados e da comissão executiva, são os dois nomes que estão para já na corrida para a disputa eleitoral que terá lugar na convenção electiva de Janeiro do próximo ano em Lisboa.