Ele é cego e queria coleccionar cromos do Mundial. Acrescentou-lhes braille

Sebastian começou a coleccionar cromos e, depois, decidiu torná-los mais acessíveis. Acrescentou-lhes braille e quer conseguir reunir os 600 que completam o álbum.

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Sebastian Filoramo Reuters/STRINGER
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Um rapaz cego de 12 anos, fã de futebol, encontrou uma forma de participar no vício dos cromos do Mundial, ao acrescentar-lhes braille.

Sebastian Filoramo, da cidade ocidental de Barquisimeto, na Venezuela, fez nascer a ideia com o apoio dos seus pais e professora há uns meses. Comprou e etiquetou os autocolantes com uma máquina de braille.

“O meu pai é um génio, pensa em tudo”, diz Filoramo, que perdeu a visão quando era bebé. “Ele disse-me: ‘Queres preencher o álbum? Então vamos adaptá-lo’.”

Enquanto personalizava os autocolantes, Filoramo usou adesivo transparente para escrever os nomes e números em braille e, depois, o pai ajudou-o com as colagens nas pontas dos autocolantes, para o guiar na organização dos jogadores” dentro do álbum.

Para completar o álbum do Mundial, que começa a 20 de Novembro, no Qatar, são precisos 600 autocolantes.

“O Sebastian tem sempre ideias brilhantes”, refere Yohelis Nelo, a professora que ajudou o jovem a etiquetar os cromos. “Concordei em ajudá-lo, mas disse-lhe que tinha de terminar os trabalhos de casa primeiro”, brincou.

Filoramo, que usava uma camisola da Argentina, disse que ainda lhe faltavam muitos cromos. O momento mais entusiasmante enquanto coleccionava foi quando conseguiu o autocolante de Lionel Messi, jogador da Argentina.