Activistas LGBT protestam no Museu da FIFA antes do Mundial do Qatar

O grupo All Out, que organizou o protesto em Zurique, quis “assegurar-se de que a FIFA e o Qatar sabem que o mundo está a ver e que os cidadãos de todo o mundo esperam acção”.

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Protesto contra o tratamento dado à comunidade LGBT+ no Qatar, em frente ao Museu da FIFA em Zurique, na Suíça EPA/MICHAEL BUHOLZER
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Protesto contra o tratamento dado à comunidade LGBT+ no Qatar, em frente ao Museu da FIFA em Zurique, na Suíça Reuters/ARND WIEGMANN

Algumas dezenas de pessoas protestaram em frente ao Museu da FIFA, em Zurique, na Suíça, para defender os direitos da comunidade LGBT+ antes do mundial de futebol organizado pelo Qatar.

Numa entrevista filmada em Doha, que vai ser emitida a 8 de Novembro, um embaixador do Mundial do Qatar disse à emissora de televisão alemã ZDF que a homossexualidade, que é ilegal no país muçulmano conservador, é um “distúrbio mental".

O grupo All Out, que organizou o protesto em Zurique, disse que a manifestação tinha como objectivo “assegurar-se de que a FIFA e o Qatar sabem que o mundo está a ver e que os cidadãos de todo o mundo esperam acção”.

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Os activistas querem que a FIFA pressione o Qatar a descriminalizar as relações entre pessoas do mesmo sexo e proteger a comunidade LGBT+, e dizem que a FIFA não se comprometeu publicamente a tomar medidas concretas que garantam a segurança dos adeptos de futebol LGBT+, dos jogadores homossexuais ou da comunidade LGBT+ local.

“A FIFA está confiante que todas as medidas necessárias estarão em vigor para que os adeptos e aliados LGBTIQ+ possam desfrutar do torneio num ambiente acolhedor e seguro, tal como todos os outros”, respondeu um porta-voz do organismo do futebol, em comentários enviados por e-mail. “O Qatar, como país anfitrião, está totalmente empenhado em garantir que todos possam desfrutar do torneio num ambiente seguro e acolhedor, incluindo os membros da comunidade LGBTIQ+”.

O Qatar é o primeiro país do Médio Oriente a acolher o Mundial de Futebol, mas a pequena nação tem estado sob intensa pressão pelo seu tratamento de trabalhadores estrangeiros.

O historial do país em matéria de direitos humanos levou equipas a pedir para boicotar o torneio, que se realiza entre 20 de Novembro e 18 de Dezembro.