O Ribatejo interior tem agora uma praça online

Dos vinhos às cervejas artesanais, licores, azeites, queijos, enchidos ou mel: há um novo mercado online para promoção e venda de produtos de Abrantes, Constância e Sardoal.

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Abrantes é um dos territórios em destaque Diogo Ventura

A Tagus - Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior lançou uma plataforma para a promoção e comercialização online dos produtos rurais de Abrantes, Constância e Sardoal, envolvendo 22 produtores do sector agro-alimentar.

“Esta plataforma online, direccionada nesta fase experimental para o mercado nacional e que queremos depois alargar a todo o mundo, tem por objectivo incentivar os produtores na sua actividade, agregando 22 profissionais do sector agro-alimentar, e aproximar os produtos locais do cliente, com uma oferta que passa nesta fase pelos vinhos, queijos, enchidos, mel e azeite, entre outros, e que depois queremos estender aos produtos hortofrutícolas e ao artesanato”, disse à Lusa Conceição Pereira, técnica coordenadora da Tagus, à margem da apresentação da plataforma digital, que decorreu hoje à tarde em Sardoal, distrito de Santarém.

Fundada em 26 de Novembro de 1993 e trabalhando em territórios de baixa densidade populacional nos concelhos de Abrantes, Constância e Sardoal, a Tagus é desde 1995 gestora local de Programas de Iniciativa Comunitária LEADER, lançando uma plataforma digital comercial que “visa contribuir para o desenvolvimento da economia regional”.

Com um investimento que rondou os 30 mil euros, com apoio a 80% de fundos comunitários, sendo o restante suportado pelos municípios envolvidos, “a ideia surgiu em plena situação pandémica” de covid-19, lembrou a responsável, “quando os produtores locais enfrentavam dificuldades em escoar a sua produção”, devido aos constrangimentos causados pela mesma.

“Dado o aparecimento de novas estratégias de comercialização e com a expansão das vendas online, a Tagus, consciente de que, isoladamente, os esforços dos pequenos produtores para alcançar potenciais clientes por esta via eram demasiado grandes, candidatou-se à operação 10.2.1.4 - cadeias curtas e mercados locais, do Programa Nacional de Desenvolvimento Rural (PDR2020), inserida no Portugal 2020 e co-financiada pelo Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER), para permitir apoiá-los no escoamento das suas produções por “e-commerce”, fomentando o contacto entre quem produz e quem consome, e tornando os produtos mais acessíveis a qualquer parte do país”, enquadrou.

Um projecto que, depois de aprovado e desenvolvido, tem agora condições para entrar em funcionamento, numa fase em que a Tagus assinala 29 anos de actividade e em que a quadra natalícia que se aproxima é propícia à oferta de produtos locais.

Para Conceição Pereira, a plataforma é também "uma oportunidade para que os pequenos produtores, sem capacidade para entrar em grandes circuitos de distribuição, tenham acesso a outro mercado” e, ainda, por outro lado, “uma forma de os consumidores terem acesso aos produtos que são distinguidos em concursos nacionais e internacionais de diferentes temáticas”.

Para a operacionalização da plataforma digital, o projecto prevê, também, a aquisição de embalagens e outros materiais, que permitam escoar estes artigos, e uma estratégia de “marketing”, de modo a fomentar as vendas e a valorização dos mesmos.

A comercialização e promoção dos vinhos, cervejas artesanais, licores, azeites, queijos, enchidos, mel e outros doces, como compotas, marmeladas, bolachas e figos confitados, produzidos em Abrantes, Constância e Sardoal, está a partir desta quarta-feira disponível em https://praca-ri.pt.