Portugal começa domingo a lutar pela última vaga no Mundial

A selecção nacional de râguebi vai disputar no Dubai o torneio de repescagem para o França 2023. Hong Kong, Quénia e Estados Unidos são os rivais

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O seleccionador Patrice Lagisquet contará com os seus principais trunfos no Dubai Rui Gaudencio

É a última vaga ainda por atribuir para o Campeonato do Mundo de râguebi de 2023, que será disputado entre 8 de Setembro e 21 de Outubro do próximo ano, em França, e Portugal surge, a par dos Estados Unidos, como favorito a conquistar esse lugar. Para o conseguir, a selecção portuguesa terá que vencer o torneio quadrangular que arranca amanhã no Dubai e onde, para além dos norte-americanos, serão adversários dos “lobos” Hong Kong e o Quénia.

Mais de 15 anos depois de garantir o último passaporte disponível para o Mundial 2007, derrotando num play-off disputado a duas mãos o Uruguai, Portugal volta a estar numa posição privilegiada para regressar à mais importante competição do râguebi mundial, que, curiosamente, voltará a ter como palco estádios franceses.

Para ser o 20.º e último país a assegurar a presença em França, Portugal terá que vencer o torneio de repescagem onde começará por defrontar, neste domingo (14h30, SPTV3), a selecção de Hong Kong.

Após vencer o Asia Rugby Championship 2022, que serviu de fase de qualificação asiática,

Hong Kong garantiu o direito de disputar um play-off frente a Tonga, mas, num encontro disputado na Austrália, os asiáticos foram batidos de forma clara (44-22), sendo assim relegados para o torneio de repescagem.

Na 22.ª posição do ranking da World Rugby, dois lugares abaixo de Portugal, Hong Kong, que nunca se qualificou para um Mundial, é comandado pelo galês Lewis Evans e não tem nenhum jogador que represente um clube que dispute um campeonato competitivo.

Após medirem força com os asiáticos, os “lobos” terão o Quénia como segundo adversário, numa partida que será disputada a 12 de Novembro. Com enormes tradições na variante de sevens, onde conseguem rivalizar com as melhores potencias, os quenianos no XV ainda não alcançaram nenhum resultado relevante.

Na fase de qualificação africana, o segundo rival de Portugal apurou-se para a final da competição, apesar de ter sido derrotado na fase de grupos pelo Senegal, e, no jogo decisivo, que garantiu ao vencedor o apuramento directo para o Mundial 2023, os quenianos não ofereceram grande réplica à Namíbia: vitória dos namibianos, por 36-0. O estatuto de finalista garantiu, no entanto, a qualificação do Quénia, 33.º do ranking da World Rugby, para o Dubai.

Finalmente, no duelo que, em teoria, vai colocar frente a frente as duas selecções mais fortes do torneio, Portugal defronta a 18 de Novembro os Estados Unidos. Sem falharem qualquer qualificação para Mundiais desde 1999 - seis presenças consecutivas -, os “eagles”, 19.º do ranking mundial, desperdiçaram a primeira oportunidade de garantirem um lugar em França após perderam um play-off com o Uruguai. Seguiu-se, numa repescagem, um confronto com o Chile, onde os Estados Unidos, de forma inesperada, acabaram derrotados numa eliminatória a duas mãos por apenas um ponto: 22-21 e 29-31.

Entre os 30 convocados norte-americanos convocados para jogar o quadrangular no Dubai, seis jogam na Europa, destacando-se David Ainu'u, do Toulouse, Greg Peterson, dos Newcastle Falcons, e Kapeli Pifeleti e Ruben De Haas, ambos dos Saracens.

Do lado português, o seleccionador Patrice Lagisquet terá no Dubai uma selecção que contará com os seus principais trunfos e, contra Hong Kong, apresentará o seguinte “XV”: 1 - Francisco Fernandes; 2 – Mike Radjer; 3 – Hasse Ferreira; 4 – Steevy Cerqueira; 5 – José Madeira; 6 – João Granate; 7 – David Wallis; 8 – Rafael Simões; 9 – Samuel Marques; 10 – Jerónimo Portela; 11 – Raffaelle Storti; 12 – Tomás Appleton; 13 – José Lima; 14 – Rodrigo Marta; 15 – Sousa Guedes.

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