Desemprego aumentou para 6,1% em Setembro

Há 319 mil desempregados e outras 289 mil pessoas em situação de subutilização do trabalho, com um trabalho parcial ou pessoas inactivas sem trabalho. Desemprego jovem baixou para 17,9%.

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Há 256,2 mil adultos e 62,5 mil jovens desempregados Patrícia Martins

Depois de quatro meses no mesmo valor, a taxa de desemprego aumentou em Setembro, passando dos 6% registados entre Maio e Agosto para 6,1%, estima o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Apesar do agravamento, o nível de desemprego mantém-se abaixo do patamar em que se encontrava um ano antes, de 6,3% em Setembro de 2021.

De acordo com a síntese mensal sobre o mercado de trabalho, divulgada nesta quarta-feira pelo INE, havia em Setembro 318,8 mil pessoas desempregadas, universo que aumentou 1,6% em relação a Agosto, mas diminuiu 2,6% face a Setembro do ano passado.

Há mais 5,1 mil pessoas em situação de desemprego do que em Agosto.

Ao mesmo tempo que o nível de desemprego aumentou, diminuiu a população empregada, ao recuar de 4,88 milhões para 4,87 milhões, o que significa que há menos 9,3 mil pessoas no mercado de trabalho do que em Agosto, um recuo de 0,2%.

Além dos 318,8 mil cidadãos desempregados, há ainda 288,9 mil que também se encontram sem trabalho ou que estão numa situação de trabalho parcial.

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O indicador da subutilização do trabalho — usado pelo INE para agregar não apenas a população desempregada, mas também o subemprego de trabalhadores a tempo parcial, os inactivos que estão à procura de emprego mas que não se encontram disponíveis para começar a trabalhar nas duas semanas seguintes, e ainda os inactivos disponíveis mas que não procuram emprego — abrangia 607,6 mil pessoas em Setembro.

Esse número, refere o INE, é inferior em 1,5 mil ao que se verificava em Agosto e está também abaixo da dimensão em Setembro do ano passado (havendo menos 24,2 mil pessoas, o que corresponde a uma redução de 3,8%).

“A taxa de subutilização do trabalho correspondente foi estimada em 11,4%”, sendo idêntica à de Agosto e inferior à de Setembro de 2021, quando estava nos 11,9%.

“A subutilização do trabalho mantém-se relativamente estável, tendo atingido, em Fevereiro de 2022, o seu valor mais baixo (598,1 mil) nos últimos 10 anos, o que se reflectiu na taxa de subutilização, que registou o seu valor mais baixo também nesse mês (11,2%), observando-se o valor de 11,4% tanto em Agosto como em Setembro”, refere o INE, na síntese estatística.

Desemprego jovem baixa

Entre as 318,8 mil pessoas desempregadas, 174,1 mil são mulheres e 144,7 mil são homens; 256,2 mil são adultos (têm entre 25 e 74 anos) e 62,5 mil são jovens (têm entre 16 e 24 anos).

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A taxa de desemprego continua a ser mais elevada entre a população feminina, correspondente a 6,7%, superior à média do desemprego. Entre a população masculina, o desemprego está nos 5,6%. Registou-se um agravamento nos dois casos.

A taxa de desemprego jovem diminuiu: passou de 18,7% em Agosto para 17,9% em Setembro, permanecendo num nível inferior àquele em que se encontrava em Setembro do ano passado. A diferença face a esse momento é de 4,8 pontos percentuais, ao comparar com uma taxa de 22,7%. Estes dados já estão ajustados aos efeitos de sazonalidade.

O INE estima que a população activa (de 5,193 milhões) tenha recuado em relação a Agosto em 4,2 mil pessoas (0,1%) e que, ao mesmo tempo, a população inactiva (2,464 milhões) tenha aumentado em 3,4 mil (0,1%). “A diminuição da população activa resultou do decréscimo da população empregada (9,3 mil; 0,2%), que superou o aumento da população desempregada (5,1 mil; 1,6%). Por seu lado, o aumento da população inactiva foi explicado pelo acréscimo do número de outros inactivos, os que nem estão disponíveis nem procuram emprego (9,9 mil; 0,4%)”, refere o INE.

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