A Rapariga com Brinco de Pérola (1665) foi o mais recente alvo dos activistas da Just Stop Oil. Um homem tentou colar a própria cabeça ao vidro que protege o mais célebre retrato do pintor neerlandês Johannes Vermeer, no Museu Mauritshuis, em Haia. A polícia dos Países Baixos deteve três pessoas.
O Museu Mauritshuis garante que o quadro não sofreu danos e que a sala onde está exposto foi fechada ao público para investigação. “A arte é indefesa e o Mauritshuis rejeita fortemente qualquer tentativa de a danificar para qualquer fim”, escreveram, em comunicado.
O vídeo do momento, partilhado nas redes sociais, mostra dois homens junto à pintura de Vermeer, um dos quais com a cabeça encostada ao quadro e o outro a despejar-lhe uma lata de sopa de tomate. Os dois activistas vestem uma camisola com referência ao movimento Just Stop Oil.
“Como é que te sentes ao ver algo tão bonito e valioso ser aparentemente destruído diante dos teus olhos? Sentes-te indignado? Ainda bem. Onde é que está esse sentimento enquanto o planeta está a ser destruído? Esta pintura está protegida por vidro, não se preocupem. O futuro dos nossos filhos não está protegido”, disse um dos activistas, perante os olhares dos seguranças e de outros visitantes que o mandam calar.
A 14 de Outubro, activistas ambientais do movimento Just Stop Oil atiraram duas latas de sopa de tomate ao quadro Girassóis (1888), de Van Gogh, em exposição na National Gallery, em Londres.
Em Julho, tinham-se colado à moldura do quadro A Última Ceia, de Leonardo da Vinci, na Royal Academy of Arts de Londres, e ao The Hay Wain, de John Constable, na National Gallery.
O grupo tem chamado atenção por direccionar as suas acções contra obras de arte em museus.
No fim-de-semana passado, activistas do grupo alemão de acção climática Letzte Generation atiraram puré de batata a um quadro do pintor francês Claude Monet, em exposição no Museu Barberini de Potsdam, na Alemanha.