Os Açores são “um dos melhores locais do mundo para a observação de baleias” mas, mais do que isso, o arquipélago português está “a trabalhar para assegurar o seu futuro”, com “programas de sustentabilidade premiados que conservam as maravilhas naturais” das nove ilhas, destaca a National Geographic.
A secção de viagens da mais influente sociedade geográfica do mundo acaba de lançar a sua lista anual de “destinos superlativos para o próximo ano”, focando-se desta vez em “lugares cheios de maravilhas, gratificantes para viajantes de todas as idades, e que apoiam as comunidades e ecossistemas locais”.
São 25 destinos, divididos por cinco categorias: Comunidade, Natureza, Cultura, Família e Aventura, e os Açores são um dos lugares eleitos para 2023 graças à aposta “na conservação e protecção da biodiversidade, qualidade do ar e da água, e preservação do património local”.
“São nove ilhas com hábitos e sotaques diferentes”, mas que “têm uma visão unificada para a sustentabilidade”, sublinha Miriam Cuesta Garcia, bióloga marinha da National Geographic Explorer que estuda o comportamento nocturno das crias de aves marinhas na Ilha do Pico. “Sabem que precisam de [proteger] o seu ambiente único, para permanecerem os mesmos, ainda que ocorram mudanças.”
No artigo dedicado às “cinco escapadas naturais extremamente subestimadas para 2023”, os Açores surgem no topo da lista, seguindo-se o Big Bend National Park, no Texas (EUA), o Botswana, a Eslovénia e as Highlands escocesas.
“Com quatro das nove ilhas [classificadas como] reservas da biosfera pela UNESCO – e reconhecidos pelo World Wildlife Fund como um oásis para 28 espécies de baleias e golfinhos – os Açores levam a sério o turismo sustentável”, acrescenta o artigo, destacando o facto de o arquipélago português ter sido o primeiro do mundo a ser certificado pelo EarthCheck, assim como medidas concretas impostas recentemente, como a limitação do número de caminhantes diários autorizados a subir ao topo da montanha do Pico.