“Olá, mãe”, “Olá, pai”: PJ deteve jovem suspeito de burlas pelo WhatsApp

Suspeito tem 25 anos e vive em Leiria

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Burla pelo WhatsApp tinha rendido cerca de seis mil euros Rui Gaudêncio

A Polícia Judiciária (PJ) anunciou esta quarta-feira a detenção de um jovem de 25 anos, residente na cidade de Leiria, suspeito de ser o autor de burlas feitas através do WhatsApp, designadas como “Olá, mãe” ou “Olá, pai”.

Em comunicado, o Departamento de Investigação Criminal de Leiria da PJ refere que a detenção do suspeito deste tipo de burlas, em número ainda não totalmente apurado, ocorreu “no seguimento de informação da utilização de uma conta bancária, na qual estavam a ser depositados valores oriundos de burlas, através de mensagens de WhatsApp, que recentemente têm vitimado muitos cidadãos, publicitada como burla “Olá, mãe” ou “Olá, pai”.

Neste caso concreto, os progenitores recebem uma mensagem daquelas com a indicação do novo número de telefone e pedido de dinheiro e, sem se certificarem, transferem dinheiro, explicou, insistindo que aqueles “têm primeiro de falar com a pessoa e confirmar se, efectivamente, é um novo número do seu descendente”.

“Reforçando os alertas já emitidos e verificando-se um número crescente de denúncias por aquele tipo de burla, a Polícia Judiciária alerta os cidadãos para, em momento algum, satisfazerem pedidos via WhatsApp ou outras plataformas de comunicação similares, sem confirmação prévia dos familiares, em nome de quem são feitas as solicitações, de transferências de dinheiro”, acrescenta o comunicado.

À agência Lusa fonte da PJ esclareceu que “a investigação está numa fase muito precoce” e “foi desencadeada na sequência de comunicação ao piquete” desta força policial na segunda-feira relativa à “utilização fraudulenta de uma conta bancária”.

“Conseguiu-se determinar um conjunto de três, quatro, eventualmente, cinco situações desse tipo de burla, que, infelizmente, tem surgido com muita frequência junto dos nossos serviços [, assim como de outros órgãos de polícia criminal, como Polícia de Segurança Púbica (PSP) e Guarda Nacional Republicana (GNR)]”, acrescentou.

Segundo esta fonte, “nas situações já comunicadas estão em causa valores aproximados na ordem dos seis mil euros”.

A mesma fonte adiantou que o arguido, estrangeiro, “não tem actividade profissional” e “tem autorização de residência” no país.

Constituído arguido pela PJ, foi presente ao Ministério Público e por este interrogado, manteve-se sujeito a termo de identidade e residência e foi devolvido à liberdade, ainda segundo este responsável da PJ.

A fonte da PJ alertou que “está a banalizar-se este tipo de situações”, pedindo aos cidadãos para que “não transfiram dinheiro sem previamente se certificarem de quem é o solicitante”.