Papa diz que pornografia é “um vício” de leigos, padres e freiras
A pornografia “enfraquece a alma”, defende Francisco. O “vício” também “afecta padres, seminaristas, freiras e almas consagradas”.
O Papa Francisco reuniu-se na segunda-feira com sacerdotes e seminaristas, em Roma. Questionado sobre como é que os seminaristas e padres podem utilizar as redes sociais como ferramenta para “partilhar a alegria de ser cristão”, a resposta de Francisco focou-se na pornografia, “um vício que muitas pessoas têm”.
“É um vício que muitas pessoas têm: muitos leigos, mas também padres e freiras. O Diabo entra por aí”, disse. E continuou: “Não estou a falar apenas de pornografia criminosa, envolvendo o abuso de crianças, onde se vêem casos de abuso ao vivo. Isso já é degenerado. Falou de pornografia ‘normal’. Meus queridos irmãos e irmãs, tenham cuidado”.
Para Francisco, o telemóvel, a Internet e as redes sociais podem e devem ser usados para “avançar na vida” e “comunicar”, já que são “avanços da ciência”. Mas é preciso ter atenção aos “perigos”. O líder da Igreja Católica defende que um “coração puro não pode receber esta informação pornográfica”.
“Digo-vos: enfraquece a alma. O Diabo entra por ali e enfraquece o coração. Esta é uma realidade que afecta padres, seminaristas, freiras e almas consagradas.” A solução apresentada por Francisco passa por apagar a pornografia do telemóvel, “para que não haja tentação”.
Esta não é a primeira vez que o Papa condena a pornografia. Em Junho deste ano chamou-a de “um ataque permanente à dignidade de homens e mulheres”, e defendeu que devia ser declarada uma “ameaça à saúde pública”.
Já em 2020, Francisco viu-se envolvido numa polémica nas redes sociais, após a sua conta oficial do Instagram ter feito “gosto” numa fotografia da modelo brasileira Natalia Garibotto, que disse ter ganho um lugar no céu. Um ano antes exigiu ao Facebook, Apple e Google que prevenissem o acesso de crianças a pornografia.