Villa Athletic Club desiste de todas competições
Após salários em atraso e muita contestação, clube de Fábio Lopes, também conhecido por “Conguito”, desistiu de todas as provas em que estava inscrito.
A Associação de Futebol de Portalegre (AFP) revelou esta terça-feira, via comunicado, que o Villa Athletic Club “desistiu oficialmente de participar nas competições distritais” nos escalões de seniores, juniores, juvenis e de benjamins.
O clube fundado por Fábio Lopes (radialista também conhecido por “Conguito”) a 14 de Junho de 2022 tinha sede em Ponte de Sor, mas realizava os seus treinos em Lisboa. Faltou ao seu primeiro jogo competitivo e participou no segundo com o equipamento emprestado pelo GD Samora Correia.
Este mês, vários elementos da equipa (que tinha Meyong como treinador e Edinho e André Carvalhas como jogadores) começaram-se a queixar-se de terem salários em atraso e de que “Conguito” tinha desaparecido.
“Onde está ele? Porque não fala connosco? Não pode vir dizer que vem reformular o futebol, mas depois vê que não consegue e desaparece” criticou Meyong, em declarações ao Mais Futebol. “Há menores que vieram de fora e estão abandonados (…) é a vida das pessoas e não se pode brincar com isso”.
Numa publicação nas redes sociais, no dia 19 de Outubro, Fábio Lopes afirmou que o Villa Atheltic Club era um sonho e não um negócio, “Mas foi o negócio do futebol que o destruiu” e que procurava “soluções de viabilização do projecto”, algo que Edinho, depois, desmentiu.
“É mentira”, afirmou à agência Lusa. “Quem está à procura de apoios e de reunir possíveis patrocinadores sou eu e os elementos da equipa técnica”, disse Edinho.
Durante estes desenvolvimentos, o clube nunca se pronunciou sobre os mesmos nas suas redes sociais. Aliás, as contas que criara no Facebook e no Instagram ficaram indisponíveis, no Linkedin não tem nenhuma publicação feita e no Twitter, a última foi realizada a 17 de Setembro, a dar conta de um jogo de pré-epoca, onde o Villa venceu a equipa sub-23 do Estoril Praia por 3-1.
Texto editado por Jorge Miguel Matias