Estes dias de Bernardo Majer venceu prémio do Amadora BD

Melhor Obra Estrangeira de BD Editada em Portugal foi O Relatório de Brodeck, de Manu Larcenet, e a Revelação foi O Crocodilo, ou o Extraordinário Acontecimento Irrelevante, de Francisco Valle e Rui Neto.

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LUSA/ANTÓNIO COTRIM

Estes Dias, de Bernardo Majer, venceu o prémio de Melhor Obra de Banda Desenhada de Autor Português do festival Amadora BD, que decorre até 30 de Outubro e distinguiu ainda outras obras.

Os vencedores dos Prémios de Banda Desenhada da Amadora foram anunciados domingo numa cerimónia no núcleo central do Amadora BD 2022, no Ski Skate Amadora Park.

O único prémio pecuniário do palmarés, o de Melhor Banda Desenhada de Autor Português, no valor de cinco mil euros, foi atribuído a Estes Dias, de Bernardo Majer, obra que a editora Polvo descreve como “uma antologia de seis crónicas sensíveis sobre os tempos actuais, que falam sobre monotonia, relações e dores de crescimento, na vida moderna”.

Bernardo Majer, nascido em 1990, licenciou-se em Design de Comunicação pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa e trabalha como designer gráfico numa agência de publicidade. Estes Dias é a primeira obra em que assume o argumento e o desenho. Em Toutinegra, o argumento ficou a cargo de André Oliveira.

O Amadora BD distinguiu com o prémio de Melhor Obra Estrangeira de BD Editada em Portugal O Relatório de Brodeck, de Manu Larcenet, da Ala dos Livros, e com o prémio Revelação O Crocodilo, ou o Extraordinário Acontecimento Irrelevante, de Francisco Valle e Rui Neto, da LoboMau Produções.

O prémio de Melhor Fanzine ou Publicação Independente foi para Ditirambos: Fauna, de Joana Afonso, Ricardo Baptista, André Caetano, Nuno Filipe Cancelinha, Diogo Carvalho, Raquel Costa, Francisco Ferreira, Sofia Neto, Sónia Mota e Carla Rodrigues, e o de Melhor Edição Portuguesa de CD para Tu És a Mulher da Minha Vida, Ela a Mulher dos Meus Sonhos, de Pedro Brito e João Fazenda, editado por A Seita e Comic Heart.

Os Prémios de Banda Desenhada da Amadora distinguem desde 1990, ano em que foi criado o Amadora BD, autores de banda desenhada, portugueses e internacionais.

O 33.º festival Amadora BD, a decorrer até 30 de Outubro, quer dar visibilidade à banda desenhada feita por mulheres, celebra os 60 anos do Homem-Aranha e conta, pela primeira vez, com uma área de videojogos.

Tal como aconteceu em 2021, o festival tem o núcleo central da programação no Ski Skate Amadora Park, com exposições, encontros de leitores com autores e uma pequena zona de “gaming”, além de mostras previstas para a galeria Artur Bual e para a biblioteca Fernando Piteira Santos.

São mais de dez exposições programadas este ano pelo Amadora BD, com destaque para uma exposição colectiva 4 Quartos (E são nossos!), de quatro mulheres da banda desenhada — Joana Mosi, Patrícia Guimarães, Elléa Bird e Blanche Sabbah —, numa parceria com o festival de banda desenhada de Lyon, enquadrada na Temporada Cruzada Portugal-França, outra dedicada à novela gráfica Balada para Sophie, de Filipe Melo e Juan Cavia, e outra que celebra 60 anos da criação do super-herói Homem-Aranha, com cerca de 50 originais provenientes de colecções privadas dos Estados Unidos. O festival Amadora BD é uma iniciativa da Câmara Municipal da Amadora.