Clube fundado há quatro meses por “Conguito” já tem salários em atraso

Chama-se Villa Athletic Club, está sediado em Ponte de Sor, contratou para treinador o ex-jogador do Vitória de Setúbal e Belenenses, Meyong, e faltou ao primeiro jogo da temporada.

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O Sindicato dos Jogadores critica toda a situação em torno do Villa Athletic Club, classificando-o de “projecto ruinoso” EVR - ENRIC VIVES-RUBIO

Quatro jogadores do Villa Athletic Club, clube fundado em Junho deste ano e presidido pelo locutor da Mega Hits Fábio Lopes (também conhecido por “Conguito”), reclamaram ontem com o próprio sobre os salários que já têm em atraso.

O encontro entre os jogadores e o presidente deu-se à porta do Grupo Renascença, do qual faz parte a Mega Hits. Durante a conversa, Fábio Lopes disse, segundo o Mais Futebol, compreender a situação dos jogadores, mas referiu que quem lhes devia dinheiro não era ele, mas sim o clube.

O Villa Athletic Club, que tem sede em Ponte de Sor, joga na distrital de Portalegre, faltou ao primeiro jogo da temporada e participou no segundo com um equipamento emprestado pelo Grupo Desportivo Samora Correia. Treinado por Meyong (antigo jogador de Vitória FC, CF “Os Belenenses” e SC Braga), conta também no plantel com jogadores experientes como André Carvalhas e Edinho. Este último reagiu à polémica nas redes sociais na última segunda-feira, dirigindo-se a Fábio Lopes: “Tem gente à espera dos salários em atraso (…) Jogadores recusaram-se ir para outros projectos (...) por venderes um sonho que não estava sustentado”.

Num comunicado enviado ontem à agência Lusa pela assessoria de Fábio Lopes, este admitiu que, para o clube, “estão a ser dias muitos difíceis”, mas afirmou acreditar que a sua equipa “tudo fará para chegar a uma solução rapidamente”.

Já esta quarta-feira, o Sindicato dos Jogadores, organismo dirigido por Joaquim Evangelista, critica, em comunicado, toda a situação em torno do Villa Athletic Club: “É o resultado de mais um projecto ruinoso, criando a um plantel e equipa técnica a expectativa de condições de trabalho e salários que, manifestamente, não tinham qualquer possibilidade de sustentação”.

Texto editado por Helena Pereira

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