Onde os comboios passam mas não param
Populações do Alentejo e da serra algarvia estão há dez anos a ver passar os comboios.
“É o Estado... o Estado. A culpa é do Estado.” O homem depenica um cacho de uvas e murmura a palavra Estado com uma raiva incontida. Estamos na estação de Luzianes Gare, no concelho de Odemira, um edifício bem preservado, ladeado de plataformas em bom estado, com bancos para as pessoas se sentarem e uma infra-estrutura ferroviária moderna onde pontifica uma linha electrificada, agulhas comandadas à distância, sinais electrónicos, uma torre de telecomunicações. Uma ilha de tecnologia e de modernidade no Alentejo profundo, uma estação no meio de uma povoação que deve o seu nome à existência do caminho-de-ferro: Luzianes Gare.
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