Rua das Pretas propõe nova viagem, do Príncipe Real até ao Largo do Carmo

Do palacete do Príncipe Real, o colectivo fundado por Pierre Aderne passa a ocupar com música o Museu do Carmo, uma vez por semana, às quintas-feiras e até final do ano.

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O colectivo ficará no Museu do Carmo até finais de Dezembro DR

Já os vimos em vários espaços, desde os encontros menos públicos em casa do cantor e compositor brasileiro Pierre Aderne (inicialmente na Rua das Pretas, daí o nome deste projecto), até aos coliseus de Lisboa e Porto, passando por um palacete do Príncipe Real, em Lisboa, onde regularmente se apresentaram, rodando músicos, canções e amizades. Agora, o colectivo Rua das Pretas, anuncia uma outra temporada, desta vez com “sede” no Museu do Carmo, em Lisboa, às quintas-feiras, até, pelo menos, finais de Dezembro. A par desses encontros, a Rua das Pretas continuará a apresentar-se noutros palcos do país.

Criado e dinamizado por Pierre Aderne, residente em Lisboa há vários anos, o projecto Rua das Pretas já gravou duas séries televisivas homónimas para a RTP. A primeira, filmada durante a pandemia no Coliseu de Lisboa (com a sala vazia e os músicos no palco), estreou-se em Março de 2021. A segunda, ainda por exibir na televisão pública, foi filmada a partir de doze concertos nos coliseus de Lisboa e Porto, já com público, e contou com o núcleo permanente do colectivo (Pierre Aderne, Fred Martins, Walter Areia, Nilson Dourado, Nani Medeiros, Rui Poço, Joana Amendoeira e Karla da Silva), além de convidados especiais como Paulo de Carvalho, Tito Paris, Tiago Nacarato, Dora Morelenbaum, Maria João, Rita Redshoes, Antonio Villeroy, Moacyr Luz, Luca Argel, Jonas ou Pedro Moutinho.

Antes destas duas séries, e a partir dos encontros que vieram a gerar a Rua das Pretas, fora já rodada uma outra série televisiva, a que Pierre pôs o título de Música Portuguesa Brasileira (dando um novo significado à sigla MPB), ali juntando músicos portugueses, brasileiros e africanos de diversas áreas. Foi exibida na RTP e no Canal Brasil em 2013 e 2014.

As apresentações regulares no Museu do Carmo, que começam já esta quinta-feira, 13 de Outubro, começam, segundo anunciam os organizadores, nas ruínas do Carmo e ainda a céu aberto, passando depois para a sala principal do Museu, “uma capela com vista para a Mouraria, Alfama e o Castelo de São Jorge com capacidade para 95 pessoas”. Pelo palacete do Príncipe Real, dizem os responsáveis pelo colectivo Rua das Pretas, “passaram mais de 270 artistas de diversas nacionalidades e 3.500 pessoas de 57 países”. Agora no Museu do Carmo, a Rua Das Pretas “regressa às residências artísticas semanais, onde o guião do espectáculo é decidido de improviso entre bossas, fados, mornas, prosa, poemas, estreia de canções, além das participações surpresa de artistas lusófonos e da música do mundo”.

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