Ruy Guerra na primeira pessoa do plural
O Doclisboa exibe esta terça-feira um intrigante documentário sobre o cineasta moçambicano responsável por obras centrais do Cinema Novo brasileiro.
“Nunca falei sobre Glauber, não quero falar. Isso aí é inegociável. Nem te autorizo a ler para pôr no filme.” Há feridas que nunca curam, como a que separou Glauber Rocha e Ruy Guerra. “O que salta aos olhos é o diálogo entre as obras…”, pergunta o entrevistador, apontando a semelhança de atitude, até mesmo de cenários (Glauber rodou Terra em Transe nas mesmas dunas do Peró onde Guerra rodou Os Cafajestes, por exemplo).“Isso sim, mas eu não sou dono dos cenários! Ele filmou ao mesmo tempo que eu, ambos tínhamos uma imagem inusitada, e coincidiu, não sei como…”.
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