Melhor pastel de nata da região de Lisboa é o da Casa do Padeiro

Pastelaria da Pontinha vence, pela primeira vez, o concurso “O Melhor Pastel de Nata”. A Aloma, em Campo de Ourique, leva novamente o segundo lugar.

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"O Melhor Pastel de Nata" da região de Lisboa do ano é o da Casa do Padeiro, na Pontinha MIGUEL MANSO (Arquivo)

É na Casa do Padeiro que se pode provar “a nata da nata”: a pastelaria da Pontinha vence, pela primeira vez, o concurso “O Melhor Pastel de Nata” da região de Lisboa, cujos resultados foram divulgados esta segunda-feira no Congresso dos Cozinheiros, a decorrer no Nirvana Studios, em Oeiras. Nos restantes lugares do pódio, repetem-se os premiados da última edição: a Aloma, do bairro lisboeta de Campo de Ourique, e a Patyanne, de Castanheira do Ribatejo, voltam a ficar em segundo e terceiro lugar, respectivamente.

A pastelaria da Pontinha, que concorre pelo quinto ano ao concurso e é pela quarta vez finalista, é chefiada por Bruno Francisco. No rescaldo da vitória, o empresário contava à Fugas estar muito feliz com o prémio, que diz ser “fruto de muito trabalho”. “É uma sensação para a qual não há explicação”, reagia. A confecção do melhor pastel de nata, no entanto, “não é uma ciência exacta”, acrescentava, confessando ter sido também preciso “alguma sorte”. “No mesmo produto, duas fornadas não saem iguais portanto é preciso que as coisas corram a 100%.”.

Este ano, pela primeira vez na história da competição, a entrega do prémio foi feita em palco pelo vencedor do ano passado, também a concurso na final. Hélio Esteves, pasteleiro na Padaria da Né contava que, apesar de admitir que “preferia ganhar”, não houve problema em passar o prémio ao novo vencedor: “De todos, era a quem mais queria dar, se tivesse de dar a alguém”, revelava.

Na 13.ª edição, nunca o concurso O Melhor Pastel de Nata tinha tido tantos concorrentes, revelava à Fugas Virgílio Gomes, investigador da área da gastronomia e presidente do júri. Para concorrer, os espaços têm de ter fabrico próprio e ponto de venda na Área Metropolitana de Lisboa. Este ano, foram 44 os inscritos e, contava Virgílio Gomes, os pastéis de nata finalistas “são cada vez melhores”. “Vou mais longe. Acho que a existência deste concurso desde há treze anos fez melhorar grande parte do pastel de nata que se vende em Lisboa.” Para avaliar a excelência de cada iguaria, contava o presidente do júri, existem 17 critérios que avaliam o aspecto, a massa, o creme, entre outros pormenores, mas o segredo raramente está no recheio, revelava. “Normalmente, os pastéis que ganham são os que têm melhor massa folhada.”

O concurso foi fundado em 2009 pelo jornalista Vicente Themudo de Castro e “desde muito cedo” apoiado pelo gastrónomo Virgílio Gomes, refere o site do concurso. A disputar a final deste ano estavam a Casa do Padeiro (Pontinha), Casa do Preto (Sintra), Choupanna Café (Lisboa), Padaria da Né (Damaia), Aloma (Lisboa), Estrela Dourada (Lisboa), Fidalgo's (Moita), Fim de Século (Lisboa), Pão de Mel (Forte da Casa), Patyanne (Castanheira do Ribatejo), Viriato (Ramada) e Santa Coina Confeitaria (Coina).

Além de Virgílio Gomes, o júri do concurso era composto por Alexandra Prado Coelho (jornalista da Fugas), Catarina Amado (jornalista), Daniel Leitão (radialista e humorista), Andreia Moutinho (pasteleira), Teresa Coutinho (professora), Isabel Zibaia Rafael (autora do blogue Cinco Quartos de Laranja e de livros de culinária) e Suzana Parreira (autora do blogue Gourmets Amadores).

Texto editado por Mara Gonçalves

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