Euribor a 12 meses continua a subir de forma acelerada e já atingiu 2,5%
A taxa a 12 meses continua a revelar um ritmo de subida acima do esperado. Esta sexta-feira, fixou-se em 2,5%, um novo máximo desde 2009.
A Euribor a 12 meses continua a revelar um ritmo de subida acima do esperado. Na sessão desta sexta-feira, fixou-se em 2,5%, mais 0,058 pontos base que na sessão de anterior, e que a atira para novo máximo desde 2009.
As subidas das últimas semanas deverão colocar a média mensal desta taxa acima dos 2%, bem acima dos 1,249% registados em Agosto. Um valor que contrasta com os -0,5% que observava no início do ano.
O valor da Euribor a 12 meses e dos outros prazos, que também continuam a subir, vai agravar o custo dos novos empréstimos, mas também todos os contratos existentes, que são revistos a cada três, seis ou 12 meses, conforme a taxa que está na base dos contratos.
A Euribor a seis meses, a mais utilizada no conjunto dos empréstimos existentes em Portugal nos créditos à habitação, subiu esta sexta-feira para 1,803%, mais 0,040 pontos e um novo máximo desde Setembro de 2011. Este valor, a aproximar-se dos 2%, foi acumulado desde 6 de Junho, ou seja, em apenas cerca de quatro meses.
A Euribor a três meses também subiu, mais 0,033 pontos, para 1,153%, um novo máximo desde Fevereiro de 2012. Este prazo entrou em terreno positivo a 14 de Julho.
Às taxas Euribor é ainda somado um spread, ou margem comercial do banco, que, em termos médios, está em 1,2%, o que agrava de forma expressiva o custo de novos e antigos créditos à habitação, especialmente os de montante mais elevado e os contratados durante o período de taxas negativas.
A subida da taxas de juro começou no início do ano, de forma muito gradual, altura em que o Banco Central Europeu (BCE) sinalizou a primeira subida de taxas de juro em 11 anos, para travar a subida da inflação, agravada pela invasão russa da Ucrânia. A dimensão das subidas, 50 pontos base em Julho e 75 pontos em Setembro, e ainda a indicação de mais duas a quatro nos próximos meses, explicam as fortes subidas das Euribor nos últimos meses.