Uma avaria na infra-estrutura informática e de rede do Ministério da Justiça está a afectar os sistemas informáticos utilizados nos tribunais de todo o país e noutros serviços do sector, como os registos, de norte a sul do país. A informação avançada ao PÚBLICO duas fontes deste sector dava conta que tal impediu durante toda a manhã o funcionamento do Sistema de Informação dos Tribunais Administrativos e Fiscais (SITAF) e o Citius, um programa informático, onde são tramitados a maioria dos processos judiciais.

Segundo adiantou à agência Lusa uma fonte judicial, os sistemas informáticos estão “em baixo a nível nacional”, havendo informações de que o Palácio da Justiça de Lisboa “está sem sistema”, o mesmo ocorrendo em Águeda, Évora, Tribunal da Relação de Coimbra, Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Santarém, Tribunal de Anadia, assim como os serviços de justiça em Matosinhos, Maia, Figueira da Foz e Vila Nova de Gaia.

Fonte do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ), avançou ao PÚBLICO ao início da tarde que o Citius já estaria a funcionar em todo o país, uma informação confirmada pelo PÚBLICO junto de dois magistrados.

Uma outra fonte ligada aos Tribunais Administrativos e Fiscais referiu à Lusa que a quebra no sistema do SITAF, que serve aqueles tribunais, ocorreu por volta das das 10h.

A Lusa contactou o Ministério da Justiça (MJ), o seu gabinete confirmou que “a meio da manhã de hoje foram reportados problemas na infraestrutura tecnológica da Justiça que estão a afectar momentaneamente a disponibilidade dos serviços”.

De acordo com o MJ, as equipas do IGFEJ “estão a trabalhar no sentido de restabelecer o normal funcionamento do sistema e minorar o impacto nos serviços”.

Esta é pelo menos a terceira vez que os serviços do Ministério da Justiça apresentam avarias informáticas em larga escala. No início deste mês, vários julgamentos foram adiados na sequência de uma avaria a nível nacional do sistema de gravação de audiências que está associado ao Citius. Já em meados de Julho, as conservatórias de todo o país (registo civil, predial, comercial ou outras) ficaram esta sem sistema informático, um crash que afectou ainda outras plataformas do Ministério da Justiça, nomeadamente as que servem de suporte aos tribunais, às cadeias e ao Ministério Público. Com Lusa