Fila para prestar homenagem a Isabel II atingiu capacidade máxima

O Governo britânico recomenda que ninguém se junte à fila entre Southwark Park e as Casas do Parlamento até serem dadas novas indicações. Prevê-se que a pausa dure seis horas.

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A fila estende-se ao longo da margem Sul do rio Tamisa EPA/OLIVIER HOSLET
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Durante seis horas, a fila não deverá estar a aceitar novas pessoas Reuters/SARAH MEYSSONNIER

O Governo britânico anunciou que a fila para prestar homenagem ao corpo de Isabel II ficará suspensa durante pelo menos seis horas, em Southwark Park, onde se inicia a multidão, depois de a capacidade máxima, de 16 quilómetros, ter sido atingida. É aconselhado que ninguém se junte nas próximas horas, até novas informações. Esta sexta-feira, às 19h30, Carlos III e os irmãos prestam homenagem à mãe numa vigília.

Apesar das recomendações divulgadas na página oficial do Twitter, a fila entre Southwark Park e as Casas do Parlamento, onde o caixão da monarca se encontra desde quarta-feira, continua a crescer, avança a BBC. No entanto, não é claro se quem se junta neste momento está a receber a pulseira numerada que lhe permitiria sair (para ir comer, ir à casa de banho...) sem perder o lugar. Quem está no fim da fila deverá esperar pelo menos 14 horas para entrar e prestar a sua homenagem à rainha, que morreu, aos 96 anos, a 8 de Setembro.

O dia fica também marcado por uma vigília de 15 minutos com o rei Carlos III e os irmãos, Ana, André e Eduardo, agendada para as 19h30, durante a qual um detalhe não passará despercebido: o duque de Iorque, caído em desgraça após acusações de abuso sexual de menores, foi autorizado a vestir o uniforme militar, mesmo tendo perdido todas as patentes. Amanhã, no mesmo horário, será a vez dos oitos netos de Isabel II. E Harry, tal como o tio, também foi autorizado a ir fardado. O segundo filho de Carlos, que cumpriu duas missões no Afeganistão, tinha perdido o direito a usar o uniforme militar depois se ter demitido das funções reais em 2020.

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O velório de Isabel II decorre até às 6h30 de segunda-feira Reuters

Ainda antes da vigília desta sexta-feira, o monarca e a rainha consorte Camila vão viajar para o País de Gales, o último destino das visitas feitas pelas quatro nações do Reino Unido ao longo da última semana para cumprimentar o povo e reconhecer oficialmente o estatuto de novo soberano.

O casal real será cumprimentado com uma salva de 21 tiros, depois visitará a Catedral de Cardiff. Por fim, Carlos III irá ao parlamento galês, onde se encontrará com o primeiro-ministro, Mark Drakeford, e outras figuras da política nacional.

O País de Gales terá ficado guardado para o último destino da digressão desta semana precisamente pelo significado especial que tem para Carlos III, que durante cinco décadas ostentou o título de príncipe de Gales — agora passado ao filho William e à mulher Kate.

“A paixão e afecto [do rei] pelo País de Gales sempre foram claras. Mostrou um compromisso de uma vida para com as pessoas deste país”, sublinhou um porta-voz do monarca de 73 anos.

Preparativos para o funeral

Enquanto Carlos e Camila estarão em Cardiff, os príncipes de Gales, William e Kate, passarão o dia a visitar as tropas da Austrália, Canadá e Nova Zelândia que estão em Londres para auxiliar no funeral de Estado de Isabel II.

A capital de Inglaterra prepara-se para receber uma multidão durante os próximos dias, para uma das cerimónias mais grandiosas alguma vez vistas na cidade, a envolver milhares de militares, que acompanharão o cortejo fúnebre. “É o nosso objectivo e crença que o funeral de Estado e os eventos dos próximos dias vão unir pessoas de todo o mundo”, reforçou o duque de Norfolk​, Edward Fitzalan-Howard, responsável pelos eventos de Estado.

O dia do funeral de Isabel II foi declarado com feriado nacional e espera-se que muitas das lojas e supermercados por todo o país estejam fechados e foram mesmo canceladas milhares de consultas e cirurgias.

Também o aeroporto de Heathrow informou ter cancelado 15% dos aviões marcados para segunda-feira, de forma a reduzir o ruído sobre a capital e, acima de tudo, para garantir que os dois minutos de silêncio agendados para o fim do funeral decorrem sem percalços.