Largar a pele colonial: o aqui e agora do Sul teatral

Do sumidouro da favela ao estaleiro de Brasília, os palcos brasileiros vêm resgatando narrativas e pontos de vista subalternizados num espaço público ainda minado de colonialidade. O Festival Mirada aponta alguns desses novos caminhos.

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Cárcere ou porque as mulheres viram búfalos, da Companhia de Teatro Heliópolis, sediada na maior favela de São Paulo Rick Barneschi

A pergunta estava escrita, desde logo no editorial dos curadores das acções formativas, sugestivamente intitulado Campos de conflito, e no entanto demorou a ser explicitada: como digerir (para assimilar, ou o contrário disso) a enfática homenagem a Portugal num festival que escolheu como chave de leitura para a sua sexta edição a “decolonialidade”? E o que tem o teatro brasileiro (ou, mais genericamente, latino-americano) a ver com isso?

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