O teatro português aporta ao Brasil – e traz carga pesada

A sexta edição do Festival Mirada, que esta sexta-feira começa em Santos, tem Portugal como país-tema. Não para “reforçar subserviências” pós-coloniais, mas para questionar uma relação em acelerada (e às vezes acalorada) transfiguração.

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Cosmos: uma visão afrofuturista do futuro, sintonizada no português de Portugal mas também nas línguas que a colonização oprimiu FILIPE FERREIRA

Por mais metáforas que nela se queiram esgravatar, a coincidência entre a passagem do bicentenário da independência do Brasil e a escolha de Portugal como país-tema da sexta edição do Mirada – Festival Ibero-americano de Artes Cénicas é apenas isso: uma coincidência. Impedido pela pandemia, o encontro que deveria ter tido lugar em 2020 transitou para este ano de complexas ressonâncias bilaterais, carregando de inevitáveis duplos sentidos semânticos, simbólicos e, como não?, políticos o bloco de nove espectáculos portugueses que a partir desta sexta-feira e até ao próximo dia 18 se apresentam em Santos.

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