Vinho, gastronomia e música são os principais elementos que compõem a primeira edição do Douro & Porto Wine Festival a acontecer nos dias 17 e 18 de Setembro no Porto Comercial de Cambres, em Lamego, na margem do rio Douro, de olhos na cidade de Peso da Régua. O festival que acontece durante as vindimas, o período mais emblemático da região, irá receber “mais de dez artistas nacionais e internacionais e dezenas de produtores da região”, revela Diogo Marques, promotor do evento, em conferência de imprensa no Porto Welcome Center.

O festival está preparado para receber cerca de 10 mil pessoas por dia, que vão ser animadas com actividades dispostas por dois palcos. O Cook Stage está mais direccionado para a gastronomia e terá demonstrações ao vivo, sessões de degustação, música e palestras, contando com a coordenação do chef Miguel Castro e Silva, que apresenta como convidados José Júlio Vintém, António Loureiro, Marlene Vieira, Catarina Nascimento, Tiago Bonito, José Guedes, Dirk Niepoort, David Guimaraens, Fernando Alvim e Miguel Gameiro.

“Tudo isto funcionará numa simbiose, num conjunto que tornará o palco dinâmico, e quem está a assistir a qualquer momento pode ver entrar um artista, um enólogo ou um chef de cozinha e todos eles se juntam em harmonia”, refere o promotor do Douro & Porto Wine Festival.

A música é um outro elemento em destaque. Gipsy Kings, The Stranglers, Fafá de Belém, Pedro Abrunhosa, Tiago Bettencourt, Irma, Sons do Douro e a banda do filme Variações são os artistas que vão subir ao Douro & Porto Stage durante o próximo fim-de-semana.

O evento “onde o vinho é rei” contará ainda com Wine Houses, pequenas casas de madeira dispostas no centro do recinto que representam as várias quintas da Região Demarcada do Douro, onde será possível fazer provar e comprar vinhos.

O festival foi também pensado para quem quer ter uma experiência mais enriquecedora dos vinhos e da gastronomia local. A zona VIP (Privilege Zone) dá acesso privilegiado aos dois palcos, a bares exclusivos, a um meet & greet com os artistas, a uma tenda com espectáculos exclusivos e ainda apresenta várias business cabins onde será possível apreciar vinho de outras regiões do mundo.

Para chegar ao local do evento, a organização disponibiliza “um conjunto de transportes”, como “barcos em que as pessoas que chegam à Régua, desde comboio ou autocarro, podem atravessar o rio Douro”, aponta Diogo Marques. “Quem vem de Lamego terá transfers gratuitos do centro da cidade para o recinto”, bem como parques de estacionamento. O presidente da Câmara Municipal de Lamego, Francisco Lopes, acrescentou ainda que uma outra alternativa para chegar ao recinto será a travessia pela ponte pedonal que liga as duas margens do Douro.

O autarca refere que a disponibilização destes transportes e destes acessos tem como objectivo “minimizar as dificuldades de mobilidade de todos os espectadores”. “Queremos que o evento seja um sucesso, que se possa aceder com conforto e que se possa ter um conjunto de experiências ligadas ao vinho e à animação, que consigam afirmar o Douro como região vitivinícola que é e como região de potencial turístico que é”.

Os bilhetes para cada dia do festival custam 32 euros e o passe para os dois dias fica por 53 euros. No caso dos bilhetes para a zona VIP, as entradas custam 64 e 107 euros, nas opções de um ou dois dias.

Um festival para “potencializar a Região Demarcada do Douro”

A criação deste novo festival é vista pelo presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP), Gilberto Igrejas, como “uma maneira de potencializar ainda mais a Região Demarcada do Douro”. “Aquilo que pretendemos fazer é associar o vinho à gastronomia e à música e convidar todos para que se desloquem a este festival, que também é um festival familiar”, acrescenta.

Para Luís Pedro Martins, presidente do Turismo Porto e Norte, este evento que, observa, está “a deslocar da área metropolitana do Porto e a levar para o Douro”, é um festival em que, “de facto, o vinho é rei” e que procura, dessa forma, “ajudar a valorizar aqueles que são também os produtos endógenos desta região”. “Isto é o início de um festival que queremos que tenha muitas edições e que vá crescendo de forma sustentável, e com ele todos os sectores aqui representados”, acrescenta.